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A DECO defendeu esta terça-feira, na Assembleia da República, que não deveriam ser cobradas taxas para a manutenção de contas à ordem, uma vez que são fundamentais para os cidadãos terem relações com organismos do Estado.
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“A conta à ordem é hoje em dia uma obrigação. Nem devia ser cobrada uma manutenção por ela, porque eu sou obrigado a ter uma conta. Sou obrigado, porque se eu não tiver uma conta bancária, não posso ter uma relação com a Segurança Social, não posso ter uma relação com a Autoridade Tributária. Há aqui um conjunto de relações que me obrigam a ter uma conta bancária”, defendeu o economista do departamento jurídico e económico da DECO, Vinay Pranjivan, na Comissão de Orçamento e Finanças.
Numa audição realizada a pedido do PSD sobre a atuação do setor bancário na comercialização ou pedidos de renegociação de crédito habitação, o economista referiu que a associação não ouve queixas sobre as baixas taxas de juro dos depósitos a prazo, mas uma “constatação”.
Segundo o responsável, tem havido alguma inércia dos bancos sobre este produto, que, na sua opinião, “neste momento, parece deixado ao abandono”.
Vinay Pranjivan constatou que tem havido “alguma variabilidade” na rendibilidade dos depósitos a prazo, mas que tem sido “muito reduzida”.
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Segundo o economista, os produtos com melhores clientes “ou são para novos clientes” ou quem os procura “tem de ter uma relação antiga, como crédito à habitação, um cartão, outro cartão ou um património financeiro” para obter melhores taxas de juro junto dos grandes bancos.
De acordo com dados divulgados este mês pelo Banco de Portugal, em janeiro, os novos depósitos a prazo de particulares atingiram 5 727 milhões de euros, mais 571 milhões de euros que no mês anterior. A taxa de juro média dos novos depósitos a prazo de particulares aumentou para 0,56% (0,35% em dezembro), tendo sido verificada “a maior subida em 11 anos”.
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