Há cada vez mais casos de pessoas que pedem ajuda à DECO, em dificuldades face à subida da taxa de esforço com a renda da casa.
Qual é o perfil das famílias em dificuldades? Segundo explicou à Renascença Elisabete Policarpo, da DECO, são, sobretudo, famílias que tentam renegociar as despesas da água, da luz e do gás, para evitar o incumprimento com a renda da casa.
“Pagam a renda, mas depois deixam os outros serviços pendentes. E quando se deixa um serviço de luz e de gás para trás, é porque a situação está muito complicada”, explica Elisabete. “Antigamente, um consumidor, em média, ia ao supermercado e, numa compra, gastava 50 euros. Atualmente, indo ao supermercado, comprando os mesmos produtos, já não gasta 50 euros. Gasta bem mais”, assegura a jurista.
Os pedidos de ajuda chegam sobretudo de casais que trabalham, mas recebem o salário mínimo nacional.
“A nível de composição do agregado familiar, é composto por dois adultos e duas crianças, em regra. Os valores do rendimento estão associados a dois salários mínimos nacionais. Mas, mesmo com dois rendimentos, têm dificuldade em colmatar todas estas situações, porque o próprio valor da renda é elevado”, adianta Elisabete Policarpo.
Conhece-se, assim, o perfil das famílias que pedem ajuda à DECO, face ao aumento do preço das rendas de habitação, no dia em que o Conselho de Ministros vai aprovar um pacote alargado de medidas na área da habitação.
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