//Deco Proteste: preços dos combustíveis não refletem descida no petróleo

Deco Proteste: preços dos combustíveis não refletem descida no petróleo

A Deco Proteste diz que as gasolineiras continuam a aumentar as margens de lucro apesar do preço do petróleo estar em queda, considerando que os consumidores estão a sair prejudicados. A associação considera, por isso, o Autovoucher “um mero paliativo”, prevendo subida de três cêntimos no preço dos combustíveis na semana de 13 a 19 de dezembro.

Segundo a análise da Deco Proteste, que se baseia-se em dados da Entidade Nacional para o setor Energético (ENSE), “o preço do petróleo está em queda, mas os comercializadores de combustíveis continuam sem refletir a desvalorização no preço final pago pelo consumidor”. Nesse sentido, as gasolineiras continuam a ver crescer as margens de lucro “semana após semana”. O preço do barril de Brent, que é negociado em Londres e é referência para Portugal, está esta segunda-feira a cair 0,740% para 74,82 dólares.

Ora, em setembro de 2021, a margem no gasóleo rondava os 0,204 euros e, em dezembro, ascende a 0,213 euros. Na gasolina simples, a margem passou dos 0,248 euros, em setembro, para 0,263 euros em dezembro.

Assim, a associação de defesa do consumidor conclui que “os consumidores não sentiram uma alteração tão grande no preço dos combustíveis pago nos postos de abastecimento, em especial na gasolina”. E, “embora os preços de referência estivessem em rota descendente, as margens de comercialização evoluíram em sentido contrário e aumentaram”.

“A descida do preço de referência foi sempre superior à do preço de venda ao público (PVP) dos combustíveis nos postos de abastecimento”, lê-se. A diferença tem-se refletido nas margens dos comercializadores – segundo a Deco – que têm crescido de forma contínua nas últimas semanas.”