//Défice pode chegar aos 0,6% em 2026, prevê Conselho das Finanças Públicas

Défice pode chegar aos 0,6% em 2026, prevê Conselho das Finanças Públicas

As contas públicas portuguesas devem regressar ao vermelho no próximo ano com um défice de 0,6%, de acordo com as previsões do Conselho das Finanças Públicas (CFP) divulgadas esta segunda-feira.

O CFP não exclui um excedente orçamental para este ano, mas vinca que o cenário mais provável passa por um equilíbrio nas contas do Estado em 2025.

Portugal fechou 2024 com um excedente orçamental de 0,7% do Produto Interno Bruto (PIB) e o Governo prevê um excedente de 0,3% este ano e de 0,1% em 2026.

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O Conselho das Finanças Públicas reviu, também, em baixa a previsão de crescimento económico para este ano. Deve situar-se agora em 1,9%, menos três décimas do que as contas de abril, que apontavam para um crescimento de 2,2%.

Segundo o CFP, estes números (que estão abaixo das previsões de 2,1% do governo no Orçamento do Estado) justificam-se com uma diminuição do investimento e das exportações no país.

Para os próximos dois anos, as previsões também pioraram, com uma redução de 0,2 pontos percentuais nas previsões de 2026 (de 2% para 1,8%) e uma desaceleração para os 1,6% em 2027, aqui já devido ao fim das verbas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

Quanto à dívida pública, o valor deve baixar perto de 10% nos próximos quatro anos, atingindo os 85,6% em 2029.

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Na conferência de imprensa desta segunda-feira em Lisboa, a presidente do CFP, Nazaré da Costa Cabral, falou também da descida do IRS nos últimos dois anos, para apontar que os efeitos das medidas só se devem sentir em 2027.

“A menos que haja novamente em 2026, novas medidas, a atualizar mais as tabelas de retenção, só em 2027 é que vamos ter o efeito pleno de redução do IRS – ou seja, mais reembolsos e menos pagamento adicional. Estamos a falar de um valor nos mil milhões”, esclareceu.

Quanto à inflação, o CFP reforça que o valor continua a fazer a rota esperada para chegar aos 2% no médio prazo, sendo que deve abrandar para 2,3% em 2025.

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