A companhia aérea Delta Air Lines confirmou esta quarta-feira que “vai descontinuar o serviço de verão entre Ponta Delgada e Nova Iorque”, sem referir as razões de deixar de voar para os Açores.
“A Delta Air Lines confirma que vai descontinuar o serviço de verão entre Ponta Delgada, Açores, e Nova Iorque”, refere uma nota enviada à agência Lusa pelo serviço de imprensa da Delta em Portugal.
Na mesma nota, a companhia norte-americana salienta que “os clientes vão poder continuar a voar entre Portugal e os Estados Unidos através do serviço” da transportadora, ao longo de todo o ano, de Lisboa para Nova Iorque ou do serviço de verão entre Lisboa e Boston.
“A Delta pede desculpas por qualquer inconveniente que isso possa causar aos nossos clientes”, lê-se ainda no comunicado.
A companhia norte-americana Delta Air Lines começou em maio de 2018 a voar para os Açores, ligando Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, ao Aeroporto John F. Kennedy, em Nova Iorque (Estados Unidos da América), e arrancou a operação com cinco voos por semana com um Boeing 757-200ER, com capacidade para 199 passageiros.
A secretária do Turismo do Governo dos Açores confirmou hoje a descontinuação do serviço, sublinhando que a região “tudo” fez “no sentido de a decisão não ser esta”.
“Confirma-se: a Delta deu nota formal ontem [terça-feira] da descontinuação da operação no próximo verão entre Ponta Delgada e Nova Iorque, numa operação de maio a setembro. Apesar de taxas de ocupação acima dos 80%, a Delta alega que a rentabilidade da operação se encontra abaixo [do esperado], não colocando de parte” uma eventual reanálise no futuro, disse Marta Guerreiro, em declarações aos jornalistas na Praia da Vitória, na ilha Terceira, à margem de uma visita de trabalho do executivo açoriano.
A Antena 1/Açores avançou hoje de manhã que a Delta iria deixar cair a operação para os Açores.
Para Marta Guerreiro, este “não é um problema de falta de investimento” na promoção turística dos Açores, até porque tem havido “aumento do interesse pelo destino”.
“Estamos já a reagir, interessa continuar a investir na notoriedade da região, neste mercado e noutros”, sublinhou.
Porém, a governante reconheceu: “Não é uma notícia que gostássemos de ter, mas temos de percebê-la no seu contexto global.
A Delta, referiu, é uma empresa privada com uma “lógica empresarial muito própria”.
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