A taxa de juro média dos novos depósitos a prazo voltou a cair em outubro, pelo décimo mês consecutivo. Os certificados de Aforro já pagam mais juros que o dinheiro no banco, mas as famílias continuam a depositar valores recorde.
Segundo dados publicados esta quarta-feira pelo Banco de Portugal, a taxa de juro média dos novos depósitos a prazo de particulares diminuiu em outubro para 2,39%, contra 2,55% no mês anterior.
Os depósitos bancários em dezembro do ano passado atingiram o pico, com juros acima dos 3% (3,08%), mas desde então já sofreram um corte de 0,69 pontos percentuais.
Em comparação com a Zona Euro, que regista uma taxa de juro média de 2,73%, Portugal tem a sexta taxa mais baixa nos depósitos a prazo. Apenas Chipre, Grécia, Eslovénia, Croácia e Espanha remuneram pior os depósitos.
A remuneração média dos depósitos caiu para 2,39%, abaixo dos Certificados de Aforro. Com esta descida, a taxa de juro base dos Certificados de Aforro da Série F, que é de 2,5%, fica acima dos 2,39% pagos nos depósitos.
Famílias depositam valor recorde
Apesar de estarem a pagar menos juros, os depósitos bancários continuam a ser uma opção de aforramento para os particulares. O montante de novas operações aumentou 1,73 mil milhões em outubro, para 13,2 mil milhões, “um novo máximo da série histórica”, segundo o Banco de Portugal.
Além de novas entradas, contribui para este valor “a reaplicação em novos depósitos de montantes anteriormente aplicados em depósitos deste tipo e que atingiram a maturidade em outubro sem renovação automática”, explica o supervisor.
Nos novos depósitos com prazo até 1 ano, que representam 97% das aplicações em julho, a taxa de juro média diminuiu 0,15 pontos percentuais para 2,41%. Nos novos depósitos de 1 a 2 anos e com mais de 2 anos, a taxa de juro média caiu 0,22 pontos percentuais e 0,8 pontos percentuais, fixando-se em 1,76% e 1,89%, respetivamente.
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