Os particulares colocaram mais mil milhões nas contas bancárias, durante o confinamento. Em fevereiro, os depósitos atingiram 163,8 mil milhões de euros, um novo máximo. Os empréstimos às famílias registam um máximo de quase seis anos.
São dados avançados esta quinta-feira pelo Banco de Portugal, que confirmam a continuação do aumento das poupanças, mas o ritmo desceu ligeiramente.
Em comparação com janeiro, os depósitos subiram 956,1 milhões de euros, um aumento abaixo do registado entre dezembro e janeiro (981,4 milhões).
Em abril de 2020, após o primeiro confinamento, o aumento mensal dos depósitos das famílias tinha ultrapassado os dois mil milhões.
A explicar esta poupança está a diminuição do consumo, sobretudo de bens duradouros, e a incerteza sobre a economia no curto-médio prazo.
Aumentam os pedidos de crédito à banca
Os empréstimos às famílias atingiram em fevereiro o montante mais elevado desde junho de 2015, chegou aos 121 mil milhões de euros, mais 164,9 milhões de euros do que no mês anterior.
O crédito à habitação teve um acréscimo de 0,2 pontos percentuais, face a janeiro, atingiu um total de 95.530,9 milhões de euros.
Os empréstimos para outros fins também subiram, para 6.573,5 milhões de euros.
Em conjunto, o crédito a famílias e empresas apresenta novo aumento. “Em fevereiro de 2021, os empréstimos concedidos pelos bancos a sociedades não financeiras apresentaram uma taxa de variação anual (tva) de 11,2%, mais 1,3 pontos percentuais (pp) do que o observado no mês anterior. Destacou-se a subida dos empréstimos às médias e às pequenas empresas, cujas tva aumentaram 1,5 pp e 1,4 pp, para 7,2% e 15,0%, respetivamente”, diz o Banco de Portugal
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