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Depois das quebras de agosto e setembro, os depósitos das famílias nos bancos residentes voltaram a crescer em outubro, totalizando 175,17 mil milhões de euros, mais 500 milhões do que no mês anterior, divulgou esta terça-feira o Banco de Portugal (BdP).
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No entanto, e segundo os cálculos do Dinheiro Vivo, as instituições financeiras estão longe de recuperar em termos de poupanças de particulares, apresentando perdas 7,26 mil milhões de euros – cerca de 4% – face ao início do ano. Em outubro de 2022, estes cofres contabilizavam 182,06 mil milhões de euros, pelo que estamos igualmente perante um decréscimo homólogo de 3,7% ou 6,89 mil milhões de euros, em termos absolutos.
Segundo o supervisor, no décimo mês, continuou a verificar-se a tendência de substituição de depósitos à ordem por depósitos a prazo, tendo os depósitos à ordem reduzido 2,4 mil milhões de euros, enquanto os depósitos a prazo, que incluem os depósitos com prazo acordado e os depósitos com pré-aviso, aumentaram 2,9 mil milhões de euros.
A nota estatística revela que os depósitos com prazo acordado registaram uma taxa de crescimento homóloga de 6,6%, a mais elevada desde julho de 2012.
De recordar que, em setembro (os últimos dados conhecidos) a taxa de juro média destes produtos de aforro subiu para 2,29%, um máximo desde abril de 2013, escalando 0,37 pontos percentuais em relação a agosto. A taxa média de outubro será conhecida a 4 de dezembro.
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O stock de depósitos das empresas nos bancos a operar no país, por seu turno, ascendeu no final de outubro a 65,3 mil milhões de euros, mais 800 milhões de euros do que em setembro – uma evolução que representa um crescimento anual de 0,5%, valor idêntico ao registado em setembro.
Bancos financiaram 73 euros por cada 100 em depósitos
De acordo com o BdP, o rácio de empréstimos sobre depósitos de particulares foi de 73%, ou seja, por cada 100 euros de depósitos das famílias, os bancos concederam 73 euros de empréstimos a particulares. Este indicador, segundo a instituição, atingiu o seu valor mínimo em julho de 2022 (70%) e tem-se mantido abaixo dos 100% desde junho de 2013.
Uma análise para a área do euro mostra que apenas quatro países – Finlândia, Eslováquia, Países Baixos e Estónia – tinham este rácio acima dos 100% no final de outubro. Portugal situou-se um ponto percentual abaixo da média da área do euro, o que representou o oitavo valor mais alto
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