//Dia 1 da Web Summit. A vida continua na terra dos unicórnios

Dia 1 da Web Summit. A vida continua na terra dos unicórnios

Uma semana depois do habitual, Lisboa volta a receber a Web Summit. Uma edição sem alguns dos “clássicos”, como Paddy Cosgrave, que deixou a liderança envolto em polémica, ou Marcelo Rebelo de Sousa que, em plena crise política, já tinha dito que não vinha – parte para a Guiné-Bissau depois de conversar esta tarde com António Costa.

Alguns dos maiores “players” do mercado tecnológico – como a Amazon, Meta ou Alphabet – também não marcam presença este ano, mas, ao contrário do que poderia ser expectável, isso não parece ter afetado o certame: segundo a organização, estão pela zona do Altice Arena e FIL, esta semana, mais de 70 mil pessoas de 153 países.

A ausência dos grandes stands também não se faz notar a quem passeia pelos pavilhões, que continuam pintalgados de ecrãs gigantes, coloridos e apelativos, a competir pela atenção dos participantes com as mesmas armas de sempre: “pitches”, argumentos e ideias inovadoras q.b… e algumas borlas.

O espaço não ficou vago: há mais de 2600 startups a tentar cativar investidores (o maior número de sempre, diz a organização), os palcos – mais despidos de nomes sonantes – continuam cheios e os corredores estão pejados de pessoas, que se atropelam entre os pavilhões.

Carlos Moedas também não falhou e voltou a fazer companhia às Três da Manhã, que estiveram em direto esta terça-feira do Pavilhão 4 da FIL. Já à tarde, o presidente da Câmara Municipal de Lisboa não fugiu ao tema do momento quando questionado pela Renascença e garantiu que, seja qual for o resultado das eleições, vai cumprir o seu mandato na capital até ao fim.

Alguns dos assuntos que marcaram este primeiro dia de evento a tempo inteiro também não apresentam novidade: falou-se, por exemplo, da guerra na Ucrânia, com um antigo campeão do mundo de boxe a pedir para que a Rússia e a Bielorrússia sejam excluídas dos Jogos Olímpicos. O jornalismo, como sempre, também foi alvo de escrutínio, desta feita pelo impacto que a Inteligência Artificial pode vir a assumir no meio, num ano em que o nome ChatGPT passou a fazer parte do nosso léxico.

Também o investigador do Massachusetts Institute of Technology (MIT), Andrew McAfee, fez uma apresentação sobre regulação da Inteligência Artificial que deve ter surpreendido alguns: McAfee reconheceu, no palco principal da Web Summit, que há riscos associados à inovação e aos avanços da tecnologia, mas que, ponderados todos os factores, é mais vantajoso ter menos regulação para não travar a inovação.

A IA é, de resto, um dos assuntos inevitáveis desta edição, que ainda vai dar muito que falar nos próximos dias. A Renascença vai continuar a acompanhar a Web Summit nos próximos dias. Acompanhe tudo aqui.

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