//Dinamarca quer deixar de importar gás russo a partir de 2023

Dinamarca quer deixar de importar gás russo a partir de 2023

A Dinamarca vai aumentar temporariamente a produção própria de gás natural no Mar do Norte para deixar de receber os fornecimentos da Rússia a partir de 2023, de acordo com um plano apresentado esta terça-feira pelo Governo de Copenhaga.

“Vamos fazê-lo ‘com os olhos bem abertos’. Até que a produção de biogás seja suficiente para cobrir todas as necessidades, estamos convencidos de que é melhor extrair mais gás do Mar do Norte do que o comprar a (Presidente russo Vladimir) Putin”, disse em conferência de imprensa a primeira-ministra social-democrata, Mette Frederiksen.

A chefe do Executivo da Dinamarca disse também que o país vai manter o acordo internacional sobre o fim da extração de gás e petróleo na zona do Mar do Norte em 2050 e que vai incrementar, por isso, as energias renováveis.

Em 2019, a produção local cobriu apenas 72% do gás consumido no país, segundo a Agência Dinamarquesa de Energia, estando a Rússia entre os principais fornecedores.

A Rússia fornece entre 40 e 45% do gás importado para a União Europeia. Os 27 países do bloco europeu estão a tentar abandonar as importações do gás russo por causa da invasão da Ucrânia, mas especialistas afirmam que o processo pode demorar vários anos.

No projeto apresentado hoje, o governo dinamarquês disse que vai garantir – antes do final do ano – às 400 mil casas que dependem do gás natural para aquecimento o acesso a uma rede térmica de energia ou subsídios para a concretização de um novo sistema.