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O Benfica recebeu uma comunicação do seu antigo presidente para exercer o direito de preferência sobre 3,28% das ações da SAD de que Luís Filipe Vieira é proprietário, na sequência de uma proposta de venda no valor de 7,80 euros por cada um dos 753.615 títulos, correspondendo a um valor global de quase 5,9 milhões de euros (5.878.197 euros).
A mesma fonte do clube assegurou que a direção e os restantes elementos da SAD do Benfica nada sabiam sobre este negócio, remetendo a decisão para os “próximos dias”, após reunião do executivo ‘encarnado”, salientando que o prazo para a resposta termina no dia 15.
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Relativamente a mais detalhes sobre esta possível transação, e uma vez que Vieira não identifica o comprador ou o modelo de pagamento, o clube vai solicitar “o mais rapidamente possível” essas informações ao antigo presidente.
Luís Filipe Vieira foi um dos quatro detidos no início de julho numa investigação que envolve negócios e financiamentos superiores a 100 milhões de euros, com prejuízos para o Estado, SAD do Benfica e Novo Banco e está indiciado por abuso de confiança, burla qualificada, falsificação de documentos, branqueamento de capitais, fraude fiscal e abuso de informação.
O antigo presidente começou por suspender as suas funções no Benfica, mas, em 15 de julho, acabou por apresentar a demissão, sendo substituído pelo ex-futebolista Rui Costa, até então vice-presidente do clube e ex-administrador da SAD.
A maioria do capital da SAD do Benfica (63,65%) está na posse do clube (40%) e da Benfica SGPS (23,65%), sendo que Luís Filipe Vieira é detentor de 3,28% das ações da SAD, sobre os quais o emblema das ‘águias’ tem direito de preferência.
Fora dos 66,93% imputáveis ao clube, 16,33% estão na posse do empresário José António dos Santos, proprietário da empresa Valouro e maior acionista individual da estrutura benfiquista, enquanto 3,73% na de José da Conceição Guilherme e 2% na da Quinta de Jugais.
Em julho último, José António dos Santos celebrou um acordo para vender ao norte-americano John Textor 25% do capital social da SAD, condicionado ao pagamento até 15 de setembro “do preço total acordado”, tendo sido adiantada a quantia de um milhão de euros.
A direção do clube disse desconhecer este contrato e prometeu opor-se ao negócio caso essa operação seja analisada em Assembleia Geral de acionistas.
Num comunicado publicado no sítio oficial, os órgãos sociais ‘encarnados’ reiteram que desconheciam “em absoluto a existência das negociações que conduziram à assinatura de um acordo para a compra de 25% do capital da Benfica SAD entre o acionista privado José António dos Santos e o investidor John Textor”, salientando que só souberam desse acordo “quando o mesmo foi noticiado ao público” e que, mesmo assim, desconhecem o seu conteúdo.
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