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A Associação dos Diretores de Hotéis de Portugal (ADHP) manifestou nesta quarta-feira preocupação com as novas medidas de controlo da pandemia, afirmando que não têm em consideração a realidade dos empreendimentos turísticos e alojamentos locais.
“Após uma apresentação das primeiras medidas de contenção, em finais de novembro, nas quais o Governo frisou que esta antecedência tinha como principal objetivo a adaptação das empresas e dos seus clientes a esta nova realidade, não compreendemos o anúncio da readaptação das mesmas a três dias das refeições de Natal, sem publicação da versão final a dois dias do mesmo”, refere a associação em comunicado.
Criticando a “forma atabalhoada” das novas medidas, a ADHP manifesta preocupação pelo facto de resultarem em exigências que não dependem deste setor – numa alusão ao reforço das situações em que a realização de um teste negativo à covid-19 passa a ser exigida.
Neste contexto, aponta o dedo à falta de capacidade instalada até ao momento no que diz respeito à testagem, “pondo em causa a realização destes eventos, quando à data, estes empreendimentos já fizeram investimentos em compras e recursos humanos para a sua realização”.
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Numa reunião extraordinária do Conselho de Ministros, realizada esta terça-feira, o Governo decidiu antecipar para dia 25 de dezembro o período de contenção que estava previsto decorrer entre 02 e 09 de janeiro e reforçar a obrigatoriedade de testes no acesso a vários estabelecimentos e atividades.
Assim, nos dias 24, 25, 30 e 31 de dezembro e 01 de janeiro é obrigatória a apresentação de teste negativo para acesso a estabelecimentos de restauração, casinos, bem como festas de passagem de ano.
Além disso, passa a ser também obrigatório um teste negativo no acesso a estabelecimentos de hotelaria e alojamento local.
A ADHP estranha a penalização aplicada ao alojamento, “o qual é obrigado a manter a apresentação de testes negativos para acesso desde o dia 25 de dezembro ininterruptamente até pelo menos dia 10 de janeiro, quando maioritariamente” se está “a tratar de uma atividade em que o cliente se encontra isolado na sua unidade de alojamento”.
A relação entre os empreendimentos e os clientes, afirma ainda a associação, “está, mais uma vez, a ser posta em causa pela constante mudança de regras muito próximo das datas de implementação”.
A covid-19 provocou mais de 5,36 milhões de mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
Em Portugal, desde março de 2020, morreram 18.823 pessoas e foram contabilizados 1.242.545 casos de infeção, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.
Uma nova variante, a Ómicron, classificada como preocupante pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, a 24 de novembro, foram notificadas infeções em pelo menos 89 países de todos os continentes, incluindo Portugal.
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