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Discriminação salarial das mulheres resolve-se na contração coletiva, diz CGTP

As mulheres continuam a ganhar menos que os homens, porque estão maioritariamente em profissões, funções e categorias com piores salários, o que pode e deve ser contrariado, segundo a CGTP, com negociação, no âmbito da contratação coletiva.

Fátima Messias, que coordena a Comissão para a Igualdade entre Mulheres e Homens, da CGTP, disse à agência Lusa que a contratação coletiva é fundamental para eliminar a discriminação no mundo laboral, embora haja muito trabalho prévio a fazer.

“Tem que se ter um trabalho de identificação para ver onde estão as discriminações, quais as suas causas e utilizar um instrumento fundamental, que é a contratação coletiva, ou seja, através da revisão das tabelas, das categorias profissionais é possível ir eliminando e acabar mesmo com a discriminação que existe no nosso país”, disse a sindicalista.

Mas para concretizar esse objetivo seria necessário contar com o interesse das empresas, o que nem sempre acontece.

“É preciso haver negociação, é preciso haver acordo entre as partes e o patronato está mais empenhado em fazer chantagem com a caducidade e introduzir bancos de horas, adaptabilidades e desregulação gradual dos horários, do que ter uma visão de progresso da evolução profissional”, considerou Fátima Messias, que integra a comissão executiva da Intersindical.

A CGTP promove ao longo da próxima semana a 9.ª edição da Semana da Igualdade, em todo o país, sob o lema ‘A Igualdade tem de existir Para o país evoluir’, com o objetivo de denunciar as discriminações existentes.