
A pandemia fez aumentar o recurso à internet para fazer compras e as queixas dispararam. Só este ano, a Deco recebeu cerca de 3.500 reclamações – um aumento de 250% face a período homólogo e praticamente o dobro das queixas recebidas durante todo o ano de 2019.
Segundo o jurista Paulo Fonseca, as queixas dos consumidores “referem-se, na sua maioria, ao comércio de bens eletrónicos e eletrodomésticos, vestuário, calçado e brinquedos”.
Este especialista da associação de defesa do consumidor Deco explica à Renascença que as denúncias mais frequentes “estão relacionadas com as dificuldades na contratação, demora na entrega dos bens e na segurança dos meios de pagamento”.
E, no que toca ao pagamento, Paulo Fonseca alerta para “o aumento de burlas, nomeadamente em sites de anúncios e redes sociais”, que levaram a que muitos consumidores tivessem ficado sem as compras e sem o dinheiro.
80% das queixas tiveram solução
A Deco conseguiu resolver 80% das queixas feitas nestes cinco primeiros meses de 2020.
A Associação para a Defesa do Consumidor “considera fundamental que as empresas reforcem os seus canais digitais, os serviços de entrega e o apoio ao cliente e que se promova uma maior literacia sobre os direitos digitais dos consumidores junto destes e das empresas”.
Estas medidas evitariam muitas das reclamações.
Dada a importância da transição digital e o valor que o comércio eletrónico apresenta para o consumidor, a Deco, no âmbito de um projeto financiado pelo Fundo dos Consumidores, lançou um site que permite ao consumidor conhecer, com confiança, a quem, onde e como comprar.
O e-comprascomdireitos.pt abre ainda um canal privilegiado e direto para os consumidores apresentarem os seus problemas à associação.
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