A dívida externa líquida portuguesa recuou para 51,8% do PIB no primeiro trimestre deste ano, o valor mais baixo desde o primeiro trimestre de 2006, somando 139.700 milhões de euros, anunciou hoje o Banco de Portugal (BdP).
Numa nota hoje divulgada, o banco central português aponta que a dívida externa líquida face ao PIB se reduziu face aos 63,2% no primeiro trimestre de 2023 e aos 53,8% no final de 2023, estimado em 142,7 mil milhões de euros.
O banco central acrescenta que este é mesmo o rácio face ao Produto Interno Bruto (PIB) “mais baixo observado desde o primeiro trimestre de 2006”.
Numa nota hoje divulgada, o BdP regista que a Posição de Investimento Internacional (PII) de Portugal apresentou, no primeiro trimestre, o seu rácio menos negativo desde o segundo trimestre de 2005.
No período em análise, a PII continuou negativa, mas aligeirou-se para -67,7% do PIB, contra -80,3% um ano antes e -72,5% no trimestre anterior.
Em termos nominais, tal estima a posição de investimento internacional de Portugal em cerca de 182,5 mil milhões de euros, face aos 192,5 mil milhões de euros no final de 2023.
A variação da PII, de acordo com a instituição liderada por Mário Centeno, resultou de vários fatores, destacando-se, as variações de preços positivas, as valorizações dos ativos líquidos e as variações cambiais.
Se as transações de ativos líquidos no exterior influenciaram a PII em 1.485 milhões de euros, as valorizações de preço positivas representaram 7.584 milhões de euros, destacando-se a valorização de ativos (2,4 mil milhões de euros, dos quais 2,2 mil milhões de euros em ouro monetário) e a desvalorização dos passivos (5,2 mil milhões de euros).
As variações cambiais contribuíram com 680 milhões de euros, impulsionada pela apreciação de ativos externos em dólares americanos (perto de 800 milhões de euros), enquanto outros ajustamentos mobilizaram 276,6 milhões de euros.
Segundo o banco central português, da redução de 4,8 pontos percentuais no rácio negativo da PII no PIB, 3,7 pontos percentuais resultaram da variação nominal da PII e 1,1 pontos percentuais do crescimento do PIB.
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