//É assim que o Lloyds de Horta Osório está a mudar o mundo

É assim que o Lloyds de Horta Osório está a mudar o mundo

Cuidar de colaboradores e clientes e proteger o ambiente. O Lloyds pôs estas ambições na sua lista de prioridades e foi por isso distinguido em dois rankings da Fortune criados para incentivar ações de grandes corporações que contribuem ativamente para fazer do mundo um lugar melhor.

“Acredito que o setor bancário tem a responsabilidade de ajudar a sociedade a enfrentar não só os desafios económicos mas também os sociais e ambientais que enfrenta”, reagiu, ao Dinheiro Vivo, António Horta Osório. As políticas promovidas pelo banqueiro português – que em 2011 assumiu a liderança e recuperação do banco britânico, então intervencionado – justificaram a entrada do Lloyds para a 3.ª posição no ranking de sustentabilidade Change the World Sustainability All Star List, depois de Philips e IBM, e para a 31.ª na lista global, Change the World List 2019, entre 52 organizações internacionais. Conquistas que deixam Horta Osório “muito orgulhoso”.

“Em 2019, decidimos avançar com ações, que consideramos prioritárias, que ajudem o Reino Unido na transição para uma economia de baixo carbono”, explica o banqueiro, que a Fortune destaca por medidas tomadas a favor do ambiente que inclusivamente já levaram à redução em quase 40% do total de energia consumida pelo grupo Lloyds, que emprega 70 mil pessoas. Um feito que a publicação considera extraordinário e que contribuiu para a instituição conseguir uma nota ambiental de 96,3 em cem pontos possíveis – a IBM conseguiu 97,8 pontos, graças à passagem de mais de um terço da alimentação energética para fontes renováveis; e a Philips 99,4, pela redução no consumo e planos para chegar a uma pegada zero em 2020.

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Quanto ao banco, é ainda referenciado pela decisão de “deixar de financiar ou prestar serviço a projetos alimentados por fontes energéticas altamente poluentes, como o carvão, ou projetos relacionados com a extração ou produção de petróleos duros”, refere a Fortune.

“O Lloyds estabeleceu metas específicas, alinhadas com a sua estratégia a três anos, de atuação em seis áreas prioritárias: apoiar as famílias na aquisição de casas e as empresas a fazer crescer os seus negócios; contribuir para o aumento da poupança; melhorar a capacidade digital; ajudar a enfrentar as desvantagens sociais e defender a inclusão; e a diversidade nas organizações”, explica o banqueiro português, cuja experiência pessoal contou para as mudanças introduzidas no banco que lidera. Tendo sofrido na pele os efeitos do stress e assumido o momento em que se afastou para procurar ajuda, inclusivamente falando abertamente dos seus problemas de saúde e tendo disponibilizado aos trabalhadores do Lloyds ferramentas de mindfulness e análise psicológica “para que consigam lidar melhor com a ansiedade”, Horta Osório deu um passo corajoso e inédito, sobretudo num setor de alta pressão, como a banca.

A Fortune inclui-o também por isso na lista das instituições que estão a mudar o mundo. Working for Peace of Mind é o título que a revista dá aos serviços criados pela instituição britânica para dar aconselhamento e apoio aos funcionários com problemas semelhantes e para ajudar os clientes a melhor gerir o seu dinheiro.

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