//“É um circo.” CEO de gigante tecnológica arrasa promessas do Governo português

“É um circo.” CEO de gigante tecnológica arrasa promessas do Governo português

Através da rede social X, Matthew Prince, CEO da norte-americana Cloudfare, acusa o executivo português de não cumprir as promessas para facilitar a contratação de trabalhadores. O empresário tinha anunciado a criação de até 500 novos postos de trabalho em Portugal.

O líder empresarial, que fornece serviços de internet, incluindo cibersegurança, admite mesmo repensar o investimento no país.

“Honestamente, no geral, Portugal piorou muito desde que começámos a fazer investimentos no país. Se a tendência continuar, deixamos de investir”, escreve.

Contactado pela Renascença, Ministério da Economia não comenta.

Matthew Prince descreve a situação no país como um “circo” e destaca problemas como os processos de imigração e obtenção de vistos, ou a falta de um aeroporto funcional.

A Cloudfare inaugurou a sede em Lisboa em outubro de 2024, com a promessa de contratar mais 400 a 500 pessoas, com o objetivo de chegar a cerca de 800 trabalhadores, à semelhança da delegação em Austin, nos Estados Unidos.

Agora o CEO acusa o Governo de faltar à palavra: “Prometeram-nos mundos e fundos para contratar muitas pessoas em Portugal. Contratámos estas pessoas e o Governo português não cumpriu nenhuma das suas promessas”.

“Acima de tudo, estou farto que digam que as coisas vão melhorar se investirmos mais, apenas para continuarem a piorar”, acrescenta.

Mas o bilionário não fica por aqui, admite que está a repensar o investimento feito e recomenda ainda a outros investidores que reconsiderem a instalação em Portugal.

“Se esta tendência continua, deixaremos de investir. E se o estamos a considerar fazer como empresa tecnológica, seriam loucos em fazê-lo sem fortes garantias do Governo”, alerta.

O CEO compara ainda Portugal com outros países e conclui que mercados emergentes como “Colômbia, Chile, e talvez agora a Argentina” são “todos países mais sérios do que Portugal”. Face a nações do Médio Oriente diz que “Portugal promete mais e entrega muito, muito menos.”

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