//Economia cresceu abaixo do previsto em 2018

Economia cresceu abaixo do previsto em 2018

A economia portuguesa cresceu 2,1% em 2018. A informação é avançada esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). O ritmo de crescimento da atividade económica ficou duas décimas abaixo do previsto em outubro pelo Governo, no Orçamento do Estado para 2019.

Segundo a estimativa rápida do Instituto Nacional de Estatística (INE), “esta evolução resultou do contributo mais negativo da procura externa líquida, verificando-se uma desaceleração das exportações de bens e serviços mais acentuada que a das importações de bens e serviços, e do contributo positivo menos intenso da procura interna, refletindo o crescimento menos acentuado do Investimento”.

O PIB, em termos homólogos, aumentou 1,7% em volume no quarto trimestre de 2018 (2,1% no trimestre anterior) e, face ao terceiro trimestre, avançou 0,4% (0,3% no trimestre anterior).

Em dezembro de 2018, o Banco de Portugal fez uma revisão em baixa do crescimento da economia para esse ano e para 2019, revelando números mais pessimistas que o Governo e Bruxelas. No Boletim Económico de Dezembro, o banco central previa um crescimento de 2,1% em 2018 e 1,8% em 2019, valores que ficam entre duas e quatro décimas aquém das previsões do Executivo.

De acordo com o Banco de Portugal, as empresas estão a produzir e a investir, sobretudo em maquinaria, e a tendência é para que a atividade económica cresça, mas agora a um ritmo menor.

Ministro da Economia desvaloriza

O ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, atribuiu este comportamento da economia à greve dos estivadores.

“É possível que uma parte da explicação esteja no comportamento das exportações no final do ano, devido à greve dos estivadores no Porto de Setúbal que teve um impacto nos meses de novembro e dezembro” de 2018, afirmou o governante em conferência de imprensa em Lisboa.

O ministro da Economia destacou que o crescimento do PIB mostra “que Portugal continua a crescer significativamente, acima da média da zona europeia e da zona euro”.

Pedro Siza Vieira disse ainda que o comportamento da economia no ano passado “também explica o grande dinamismo do mercado do emprego” e refletiu-se na “grande confiança dos investidores” em matéria económica.

A previsão do Governo de uma expansão de 2,3% do PIB no conjunto de 2018 era mais otimista do que a previsão da Comissão Europeia, de 2,1%, e da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) e do Fundo Monetário Internacional (FMI), de 2,2%.

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