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A primeira fase do desconfinamento começou no dia 15 de março, mas, nas semanas anteriores, já a economia dava sinais de recuperação depois de dois meses de fechamento.
Esta aceleração já se sentia em fevereiro, mas acentuou-se em março, refere o relatório do governo sobre a aplicação do estado de emergência na primeira quinzena do mês. “Em relação ao presente relatório, cujo objeto de análise é o período de estado de emergência compreendido entre os dias 2 e 14 de março, constata-se uma nova aceleração relativamente ao período anterior do ponto de vista da procura agregada”, lê-se no documento da autoria da estrutura de monitorização que funciona sob tutela do Ministério da Administração Interna e que vai ser discutido no próximo dia 14 de abril.
Os dados diários mostram que a procura agregada “foi superior quer aos últimos 14 dias de fevereiro, quer ao conjunto do mês analisado”, concluindo que “este dado tem particular significado uma vez que o período em causa não abrange ainda o alívio das medidas de confinamento até então impostas, denotando um dinamismo económico subjacente”.
O governo reconhece que a acelereação ainda não assume “valores significativos”, mas “não deixa de ser um dado
positivo, precisamente por ser uma indicação da aceleração a esperar no período de pósconfinamento”.
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“No período seguinte, procurar-se-á analisar novos dados económicos que sejam disponibilizados relativamente ao início de 2021 e à evolução económica nesta primeira fase de desconfinamento”, indica o relatório.
O relatório refere que se registou uma “subida em 12% do tempo passado pelos portugueses nas suas residências e uma descida de 19% do tempo passado no local de trabalho, provavelmente devido à aplicação do regime de teletrabalho”, sendo que os dados “parecem ser coerentes com os dados da procura agregada”.
A primeira fase de desconfinamento gradual do país começou no dia 15 de março com a reabertura das creches, o ensino pré-escolar e as escolas do primeiro ciclo, bem como as atividades de tempos livres (ATL) para as crianças mais pequenas. Também foi autorizado o comércio ao postigo, foram estendidos os horários dos supermercados e os cabeleireiros e barbeiros abriram as portas para atendimento por marcação. As livrarias também reabriram, bem como as bibliotecas e arquivos.
A segunda fase do desconfinamento arrancou esta segunda-feira com a reabertura das esplanadas e o regresso das aulas presenciais para o 2º e 3º ciclos do ensino básico. Os ginásios também já estão de portas abertas, mas apenas para aulas individuais. As lojas com menos de 200 metros quadrados com porta para a rua também reabriram, por exemplo.
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