
A EDP vai apresentar o novo plano de negócios e metas estratégicas em novembro, anunciou esta quinta-feira o presidente executivo da empresa, Miguel Stilwell d’Andrade, garantindo que as renováveis vão continuar a ser protagonistas.
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O último plano estratégico do grupo, que costuma ser divulgado de dois em dois anos, abrangia o triénio 2023-2026 e foi apresentado em março de 2023, em Londres. No ano passado, a EDP reviu em baixa esse plano, reduzindo a capacidade nova instalada e moderando os investimentos.
“A partir de 2027, como sabem, estamos a trabalhar no plano de negócios, e esperamos realizar o Capital Markets Day em novembro”, afirmou Stilwell d’Andrade durante uma conferência com analistas, no âmbito da apresentação dos resultados trimestrais da EDP Renováveis.
Sem avançar mais detalhes, remetendo para essa data as novas metas até ao final da década, Stilwell d’Andrade sublinhou que as renováveis vão manter-se como pilar estratégico.
“Penso que se pode esperar que as energias renováveis continuem a crescer de forma rentável nas várias regiões onde estamos presentes”, acrescentou.
Com os Estados Unidos a representarem mais de 50% da capacidade instalada de energia renovável do grupo, aumentou a expectativa em torno das metas para este mercado, especialmente após as políticas restritivas às renováveis anunciadas por Donald Trump.
Entre várias ordens executivas assinadas pelo Presidente norte-americano, uma delas terá impacto direto no investimento em projetos eólicos, ao dificultar o acesso a terrenos para novas centrais de produção de energia.
Hoje, Stilwell d’Andrade assegurou que a EDP vai manter o investimento nos EUA, mercado que considera “continuar a oferecer oportunidades de crescimento”.
Quanto ao impacto das tarifas impostas por Trump, nomeadamente na importação de painéis solares, Stilwell d’Andrade garantiu que será “limitado”: cerca de 25 milhões de dólares (22,2 milhões de euros), equivalente a aproximadamente 1% do CAPEX destes projetos.
A EDP Renováveis apresentou lucros de 52 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano, uma descida de 24% face ao mesmo período de 2024. Já o EBITDA cresceu 5%, atingindo os 476 milhões de euros.
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