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O ministro da Economia e do Mar disse esta quarta-feira à noite que as garantias de 85 milhões de euros incluídas na injeção que o Estado fez na Efacec não foram acionadas, sublinhando esperar que tal não venha acontecer.
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“As garantias não foram acionadas e esperamos que não sejam. O objetivo é o Estado recuperar [o valor investido] e ao mesmo tempo manter a empresa”, afirmou o ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva, na Grande Entrevista da RTP3, que foi transmitida esta terça-feira à noite.
O Estado injetou 132 milhões de euros na Efacec, a que se somam mais 85 milhões de euros em garantias.
António Costa Silva já tinha referido ter “grande expectativa” de que este valor pode ser recuperado.
Questionado sobre o valor da venda da Efacec ao fundo alemão Mutares, o também gestor reiterou que “os negócios não são para se fazer num bazar, na praça pública”, sublinhando que em causa está uma “grande empresa tecnológica”, que se articula com toda a cadeia no mercado português.
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“Não nos podemos esquecer que [a Mutares] é cotada na bolsa de Frankfurt. Na altura que revelarmos o valor, tudo pode mudar”, vincou, comprometendo-se a tornar a informação pública assim que a operação estiver concluída.
O processo depende ainda das chamadas condições precedentes, que incluem a autorização da Comissão Europeia, que, por sua vez, exige um teste de mercado, o pronunciamento das autoridades da concorrência e a negociação com os credores financeiros.
“Tudo o que eu possa dizer agora pode prejudicar esse processo e eu não quero, em prol do interesse público”, insistiu.
O titular da pasta da Economia esteve, esta terça-feira, na Assembleia da República, num debate de urgência pedido pelo PSD, no qual já tinha sido questionado sobre o valor da venda da Efacec.
Na altura, Costa Silva disse que, “num processo desta delicadeza”, quaisquer números que se revelem podem “contaminar” o negócio.
O governante apelou também aos deputados para que não façam “descarrilar” a venda da Efacec.
Já sobre os mais de dois mil trabalhadores da empresa, o ministro da Economia voltou a dizer que a ideia do fundo alemão é preservar a força de trabalho, apostando também na sua qualificação.
Na semana passada, o Governo aprovou, em Conselho de Ministros eletrónico, a proposta do fundo alemão Mutares para a privatização da Efacec.
Em conferência de imprensa no Ministério da Economia, Costa Silva assegurou que a proposta foi “meticulosamente analisada”, garantindo que esta dá ao executivo “conforto” quanto ao futuro e manutenção da Efacec enquanto “um grande projeto industrial e tecnológico”.
O governante destacou ainda que a Mutares tem no seu ‘core business’ (negócio principal) apostar em empresas com dificuldades, apresentando resultados positivos.
No dia 11 de abril, a Parpública anunciou ter recebido propostas vinculativas melhoradas de quatro candidatos à compra de 71,73% da Efacec, no âmbito do processo de reprivatização da empresa.
As propostas vinculativas melhoradas foram apresentadas pela Mutares, Oaktree, Oxy Capital e Agrupamento Visabeira-Sodecia.
O Governo aprovou em novembro do ano passado um novo processo de reprivatização da participação social do Estado de 71,73%, com um novo caderno de encargos, depois de ter anunciado em 28 de outubro que a venda da Efacec ao grupo DST não foi concluída por não se terem verificado “todas as condições necessárias” à concretização do acordo de alienação.
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