//Efanor volta a reforçar na Sonae Indústria e Sonae Capital

Efanor volta a reforçar na Sonae Indústria e Sonae Capital

A Efanor, a holding da família Azevedo, voltou a reforçar no capital da Sonae Indústria e da Sonae Capital, comprando 36.637 ações da primeira e 472.644 da segunda, adiantaram as empresas em comunicados à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

No caso da Sonae Indústria, a empresa informou “ter recebido em 08 de setembro 2020 da sociedade Efanor Investimentos SGPS, SA, entidade estreitamente relacionada com os administradores Duarte Paulo Teixeira de Azevedo e Carlos António Rocha Moreira da Silva” a indicação de duas operações que ocorreram nos dias 07 e 08 de setembro.

Na primeira operação, a Efanor comprou 23.276 títulos e na segunda 13.361 ações, segundo a mesma nota.

Na Sonae Capital, a ‘holding’ adquiriu no dia 07 de setembro 207.675 ações e no dia 08 de setembro 264.969 títulos.

A sociedade tem vindo a comprar títulos das duas empresas nas últimas semanas.

Em 31 de julho, a Efanor, a maior acionista do grupo Sonae, lançou uma “oferta pública geral e voluntária de aquisição de ações representativas do capital social” da Sonae Indústria e Sonae Capital, de acordo com dois comunicados enviados ao mercado.

No caso da Sonae Indústria, a Efanor detém, diretamente ou por outras vias, direitos de voto “inerentes a 31.150.266 ações representativas de cerca de 68,608% do capital social e direitos de voto”.

A contrapartida oferecida pela Efanor é de 1,14 euros por ação e incorpora “um prémio de 68,4%” em relação ao preço médio ponderado das ações nos seis meses imediatamente antes de 30 de julho deste ano, de 0,667 euros, segundo o comunicado.

A eficácia da oferta “ficará subordinada a que a oferente [Efanor] passe a deter, em consequência de oferta pública de aquisição, mais de 90% dos direitos de voto” da Sonae Indústria, segundo a mesma nota.

A Efanor admite ainda retirar a Sonae Indústria da bolsa.

No que diz respeito à Sonae Capital, a Efanor detém 157.004.263 ações, representativas de cerca de 62,8% do capital social e 63,7% dos direitos de voto, oferecendo uma contrapartida de 0,7 euros por ação, um valor que implica um prémio de 29,4% face à média dos últimos seis meses.

As condições para o sucesso e a possibilidade de a Sonae Capital perder, ela também, o estatuto de sociedade aberta (saída de bolsa) são semelhantes às da Sonae Indústria.

A Sonae Indústria tem 31,39% do seu capital em ‘free float’ (disperso em bolsa), um valor que na Capital é de 28,69%. Neste último caso, além do ‘free float’, 8,51% das ações são detidas por acionistas com participações qualificadas, ou seja, mais de 2%, incluindo a Quaero Capital, S.A. (5,04%) e o Norges Bank (2,19%), de acordo com informação nos ‘sites’ das empresas.

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