//Efeito imediato das tarifas de Trump é negativo, mas “os anos dourados da Europa” podem voltar

Efeito imediato das tarifas de Trump é negativo, mas “os anos dourados da Europa” podem voltar

Os mercados estão em queda um pouco por todo o mundo na manhã desta segunda-feira, na sequência da incerteza causada pelo anúncio de tarifas recíprocas por parte do Presidente dos Estados Unidos, na última semana.

A Europa não é exceção e, nesta segunda-feira, o DAX, índice bolsisita alemão, recua 6,41% e Paris 5,72%, na mesma linha do PSI-20 português, que caía 5,45% pelas 9h09.

Apesar da quebra nos principais índices europeus, o especialista em mercados financeiros Pedro Lino diz à Renascença que “podem estar a chegar os anos dourados da Europa”.

Pedro Lino admite que, no curto prazo, “todos os blocos económicos tenham um abrandamento” por causa do “aumento da probabilidade de recessão dos Estados Unidos”.

“A Europa tem uma oportunidade única não só em termos de aproveitar o investimento na defesa, mas também para desenvolver o mercado interno e establecer novas parcerias com o norte de África, Índia, China e com o Japão.”

“Com o investimento em defesa e um segundo PRR que irá existir seguramente, eu acho que se a Europa conseguir vai ter uns anos dourados”, acredita o especialista.

Para Pedro Lino, tudo depende da “vontade política” uma vez que nos próximos anos, “o preço da energia deve baixar” e com isso “muito provavelmente a inflação pode abrandar e isso vai facilitar o caminho de descida das taxas de juro por parte do Banco Central Europeu”, defende.

“Há uma grande componente da inflação que tem a ver com a energia e o preço está a baixar. O mesmo acontece com as taxas de juro, à medida que o crédito baixa, as prestações de crédito de habitação também estão a baixar”, remata.

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