//Elisa Ferreira diz que Portugal tem de progredir para não necessitar tanto dos fundos europeus

Elisa Ferreira diz que Portugal tem de progredir para não necessitar tanto dos fundos europeus

A comissária europeia para a Coesão e Reformas, Elisa Ferreira, defendeu esta quinta-feira que o país tem de progredir para depender menos dos fundos europeus, mas também ressalvou a importância que o Portugal 2030 terá para ajudar o progresso do país.

“Mas se o caminho da reconstrução ainda necessita do apoio dos fundos estruturais, o objetivo de Portugal, no futuro, tem de ser – e temos de nos preparar para isso – continuar a progredir não necessitando, pelo menos não necessitando tanto, destes fundos”, afirmou.

A comissária europeia falava hoje no Fundão, distrito de Castelo Branco, no âmbito da cerimónia de assinatura, entre o Governo português e a Comissão Europeia, do acordo de parceria para a execução do Portugal 2030, quadro comunitário em que o país terá acesso a 23 mil milhões de euros de fundos até 2029.

Lembrando que tal valor equivale a dizer que, durante esse período, o país dispõe de cerca de 2200 euros por pessoa, Elisa Ferreira também alertou que tal obriga a pensar “de uma forma muito estruturada e muito responsável” quais serão os investimentos a fazer.

Ao longo da intervenção, Elisa Ferreira também salientou que o desafio que se coloca a Portugal passa por usar os meios para quebrar a “armadilha do rendimento médio” e conseguir um “progresso mais intenso e mais rápido, passando para um patamar superior de criação de valor acrescentado, inovação e competitividade”.

“O início do Portugal 2030, a conclusão do anterior Portugal 2020 e o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) conjugam-se, e já não estou a falar dos outros fundos, para oferecer a tal oportunidade única de financiamento para trilhar o caminho do novo modelo de desenvolvimento social mais equilibrado e sustentável, territorial e economicamente e assente em múltiplos polos de crescimento. Conjugam-se para permitir libertar Portugal, assim como espero que aconteça com outros países, da tal armadilha do rendimento médio”, afirmou.