Elisa Ferreira e a irlandesa Sharon Donnery. São as grandes candidatas a suceder no final do ano a Danièle Nouy na liderança do Mecanismo Europeu de Supervisão. Fontes citadas pela Bloomberg indicaram que para assegurar a diversidade de género o Banco Central Europeu deverá optar por nomear uma mulher para o cargo. E as vice-governadoras do Banco de Portugal e do Banco da Irlanda estão na linha da frente.
Em relação a Elisa Ferreira, a Bloomberg adianta que pode ser uma candidata que irá agradar aos países do Sul da Europa que se mostram preocupados com a ordem do supervisor europeu de acelerar ainda mais a limpeza do malparado, o que pode colocar os seus bancos numa posição de fragilidade.
Além disso, enquanto eurodeputada, a atual vice-governadora do Banco de Portugal, teve um papel ativo na reforma do setor bancário. Foi relatora das propostas do Parlamento europeu sobre resoluções bancárias. Apesar destes pontos a favor, a jogar contra Elisa Ferreira está o jogo de equilíbrios nos cargos de topos europeus. É que Portugal já tem Mário Centeno à frente do Eurogrupo.
Também Sharon Donnery tem uma candidatura forte. Liderou o grupo de trabalho do BCE para lidar com o crédito malparado e já foi elogiada por Danièle Nouy. Ainda assim, o governo irlandês poderá estar mais inclinado a apoiar a candidatura do governador do banco central, Philip Lane, ao cargo de economista-chefe e membro da Comissão Executiva do BCE.
Além de Elisa Ferreira e de Sharon Donnery a Bloomberg aponta outros candidatos, apesar de considerarem que têm menos hipótese de sucesso. Caso o cargo de quem fica a mandar na supervisão europeia vá para Itália, a agência aponta os nomes de Andrea Enria (antigo responsável da Autoridade Bancária), Ignazio Angeloni (que é o representante do BCE no Conselho do Mecanismo Único de Supervisão) e Fabio Panneta, que também integra o conselho da entidade que assegura a supervisão na Europa.
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