//Emergência Social. PSD antecipa-se a Costa e lança plano de mil milhões

Emergência Social. PSD antecipa-se a Costa e lança plano de mil milhões

Mil milhões foi o valor anunciado por Luís Montenegro na Festa do Pontal, em 15 de Agosto, mas entretanto o Governo fez saber que o seu plano seria de dois mil milhões – um “pacotão”, como já revelou Luís Marques Mendes -, não se sabendo o que farão (ou não) os sociais-democratas para cobrir a parada.

Hoje, na Assembleia da República, pelas 12.00, o líder parlamentar do PSD, Joaquim Miranda Sarmento, anunciará o conteúdo do “Plano de Emergência Social” que o partido tenciona fazer discutir (e votar) no plenário assim que os trabalhos recomeçarem. O plano será discutido sob a forma de projeto de resolução. No domingo, em Castelo de Vide, deverá ser o tema principal do discurso com que Luís Montenegro encerrará mais uma edição da Universidade de Verão do PSD.

Os reflexos económicos e sociais da crise inflacionista desencadeada pela guerra na Ucrânia deverão, também no domingo, ocupar uma parte importante da intervenção de Jerónimo de Sousa no fecho da Festa do “Avante!”. Há dias, o líder comunista afirmou ser “inquestionável” que não se pode adiar mais a implementação de medidas de emergência de combate ao custo de vida face ao agravamento da situação económica e social. Os comunistas exigem medidas de controlo e fixação pelo Estado dos preços (nomeadamente dos combustíveis), um aumento imediato do salário mínimo para 800 euros e um aumento extraordinário das pensões ainda este ano.

O tema da emergência social apresenta-se assim como dominante no início da nova temporada política 2022-23 e revela uma discussão preambular do que poderá ser o confronto em torno do Orçamento do Estado para o próximo ano. O PSD fala hoje e domingo, o PCP falará no domingo – e o Governo tem um Conselho de Ministros extraordinário convocado para segunda-feira justamente para aprovar o plano governamental. O essencial do plano “laranja” já é conhecido desde que Montenegro o revelou no Pontal (ver medidas no fim deste texto).

Mas o partido manteve outras medidas em segredo para hoje poder dizer algo de novo. Fonte da bancada social-democrata avançou ao DN que o programa pretende, no fundo, fazer uma redistribuição das verbas da inflação que o governo tem amealhado, com o objetivo de beneficiar pensionistas, pessoas mais desfavorecidas e o orçamento familiar. No entender dos sociais-democratas, o conjunto de medidas hoje apresentadas irá servir como um amortecedor da inflação para travar o ímpeto do aumento de preços, como no caso do gás e da luz.