O número de pessoas empregadas no segundo trimestre do ano recuperou para níveis pré-pandemia e a taxa de desemprego estimada foi de 6,7%, avança esta quarta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE).
“A população empregada (4.810,5 mil pessoas) aumentou 2,8% (128,9 mil) por comparação com o trimestre anterior, 4,5% (208,9 mil) em relação ao homólogo e 0,8% (36,3 mil) relativamente ao 2.º trimestre de 2019”, antes do início da pandemia de Covid-19, refere o INE.
Já a taxa de desemprego diminuiu 0,4 pontos percentuais (p.p.) em relação ao trimestre anterior, para 6,7%, mas aumentou 1 ponto percentual em relação ao mesmo período de 2020.
O INE destacou ainda que a população desempregada, “estimada em 345,7 mil pessoas, diminuiu 4,0% (14,4 mil) em relação ao trimestre anterior e aumentou 24,2% (67,3 mil) relativamente trimestre homólogo, o primeiro abrangido por uma declaração de estado de emergência”.
A taxa de subutilização do trabalho foi de 12,3% no segundo trimestre deste ano.
“Os resultados são impressionantes”, diz o ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, numa declaração enviada às redações.
A população empregada atinge um “máximo histórico e ultrapassou mesmo os valores do segundo trimestre de 2019”, afirma o governante.
“Neste momento há 4,810 milhões de pessoas a trabalhar em Portugal. São mais 128 mil do que no trimestre anterior”, destaca. É o valor mais alto da última década.
O setor dos serviços, o mais afetado pela pandemia, “criou mais 100 mil empregos, dos quais 25 mil nos setores do alojamento, restauração e similares”, assinala Pedro Siza Vieira.
O Ministério do Trabalho considera, em comunicado, que os dados do INE “evidenciam que, no segundo trimestre de 2021, Portugal conseguiu atingir a população empregada mais elevada desde 2011, o que mostra a capacidade coletiva de resposta à crise provocada pela pandemia por Covid-19”.
“Este esforço foi possível graças a um conjunto alargado de apoios criados pelo Governo para assegurar a manutenção do emprego. Os apoios ao emprego do MTSSS abrangeram mais de 128 mil empresas e um milhão de trabalhadores e já ultrapassaram os 3.000 milhões de euros (inclui isenções e reduções contributivas)”, recorda o gabinete da ministra Ana Mendes Godinho.
Para a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, “estes números mostram, uma vez mais, que os apoios extraordinários que foram criados para apoiar as empresas e o rendimento dos trabalhadores foram fundamentais para preservar o emprego durante a crise provocada pela pandemia”.
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