//Empresários contra redução de renovações de contratos temporários. “Não vai contribuir em nada para melhorarmos”

Empresários contra redução de renovações de contratos temporários. “Não vai contribuir em nada para melhorarmos”

Os empresários criticam a intenção do Governo de reduzir para quatro o número máximo de renovações de contratos temporários.

Em declarações à Renascença, o presidente da Associação Empresarial de Portugal (AEP), Luís Miguel Ribeiro, diz que não é dessa forma que se melhora o mercado de trabalho e as condições de trabalho.

Para o empresário, “só se pode entender este tipo de medidas” com questões ligadas à negociação do Orçamento do Estado e “para satisfazer alguma vontade dos partidos mais à esquerda”.

“Quanto mais vejo mais interferência em termos de quererem legislar para fixar vencimentos, para fixar contratos de trabalho com maior durabilidade ou fixação; sinceramente penso que isso não vai contribuir em nada para melhorarmos o nosso mercado de trabalho e as nossas condições de trabalho”, acrescenta o líder da AEP.

Por outro lado, Luís Miguel Ribeiro diz que “não há necessidade de estarmos aqui sempre a impor; a não ser que sejam por questões de negociações do Orçamento do Estado e para satisfazer alguma vontade que haja dos partidos mais à esquerda para depois fazer um discurso de que isso é defesa dos direitos dos trabalhadores. Por aí é a única forma que acho que se pode entender este tipo de medidas”.

A redução de seis para quatro renovações de contratos de trabalho temporários foi uma das 67 propostas apresentadas pela ministra do Trabalho, Ana Mendes Godinho, durante a reunião desta quarta-feira da Comissão Permanente de Concertação Social (CPCS), e que o Governo pretende levar a Conselho de Ministros ainda durante este mês de outubro.

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