A AlgFuturo – União Empresarial do Algarve publicou uma carta aberta em defesa da honra e bom nome do Algarve e dos seus agricultores, endereça aos responsáveis oficiais regionais e nacionais, e outros detratores das culturas de regadio no Algarve, em particular a do abacate, que falsamente afirmam ser de caráter intensivo.
Os subscritores, que incluem elementos das 29 associações aderentes à AlgFuturo, bem como empresas a título individual, apontam o dedo às entidades oficiais regionais e nacionais, que exaltam os malefícios do abacate, escondendo “as suas muitas virtudes”.
José Vitorino, presidente da AlgFuturo, não poupa nas palavras.
“Esta gente, que não tem outro nome, não ouviu ninguém. Dizem os disparates que lhes apetece e vêm para a praça pública falando de cátedra como se soubessem de alguma coisa, só para marcar pontos, eventualmente, na perspetiva eleitoral”, acusa.
Em defesa da sua posição, José Vitorino revela os aspetos relacionados com os usos da água no Algarve, começando por sublinhar que, ao contrário do que se diz, o abacate não consome tanta água quanto isso.
“O abacate gasta sensivelmente a mesma água que os citrinos”. E o problema que se coloca com a água são “as perdas do que escorre da serra e do barrocal para o mar, associadas a outras perdas nas redes de canalizações municipais e à água gasta nas mais de 20 mil piscinas existentes na região”, aponta.
Contas feitas, há perdas de 15 milhões de metros cúbicos de água, “que eram o suficiente para regar todos os abacateiros existentes neste momento”.
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