//Empresários portugueses confirmam que pagamentos das dívidas de Angola “estão a acontecer”

Empresários portugueses confirmam que pagamentos das dívidas de Angola “estão a acontecer”

Os empresários portugueses confirmaram esta quarta-feira que as dívidas de Angola a Portugal estão a ser pagas e que existe um novo clima nas relações bilaterais, depois das visitas oficiais de delegações governamentais e presidências dos dois países.

Em entrevista à Renascença, Reis Campos, presidente da Confederação da Construção e do Imobiliário, aponta que, depois de “um período de maior incerteza”, essas visitas permitiram “elevar as relações bilaterais para um outro patamar”, isto numa altura em que “o ambiente na economia está melhor”.

É nesse contexto, indica, que os pagamentos das dívidas “estão a acontecer”.

“Estas visitas, e depois daquele período de maior incerteza, permitiram elevar as relações bilaterais para um outro patamar. Foram dados passos significativos no sentido da estabilização do diálogo entre as mais altas instâncias portuguesas e angolanas e os resultados que foram obtidos são certamente consolidados com esta visita do sr. Presidente a Angola. Neste momento podemos dizer que o ambiente da economia está melhor e que os pagamentos estão a acontecer.”

Ainda assim, Reis Campos não quantifica o montante das dívidas de Angola às empresas portuguesas, apontado apenas para “algumas centenas de milhões” de euros.

“Apontamos para algumas centenas de milhões como, aliás, também as entidades oficiais o referem. Mas esse é um problema das empresas, é um problema particular de cada empresa, porque os contratos são diferentes, preveem atualizações cambiais e outro tipo de questões que, naturalmente, têm a ver com cada empresa”, explica à Renascença. “O que está a acontecer é que as empresas estão a fazer esse tipo de negociações e o ambiente, de facto, é melhor.”

O presidente da Confederação da Construção e do Imobiliário diz ainda esperar que a questão das dívidas “deixe de ser um problema”, reconhecendo ao mesmo tempo “a importância de Angola para as empresas portuguesas”, que enquadra “estas visitas como um sinal extremamente positivo”.

“Aquilo que esperamos é que esse problema deixe de ser um problema e que as empresas possam operar em Angola como querem e que o futuro seja completamente diferente. Os empresários acreditam que assim será e quando ouvimos o senhor secretário de Estado da Internacionalização dizer que estão criadas condições para maior segurança nos investimentos em Angola, nós entendemos e sabemos isso. Os novos investimentos estão a acentuar-se e Angola é muito importante para as empresas portuguesas e portanto nós pensamos que estas visitas deram um sinal extremamente positivo para as nossas empresas e para os empresários.”

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