//Empresas de dispositivos médicos pedem regime de exceção para produtos essenciais

Empresas de dispositivos médicos pedem regime de exceção para produtos essenciais

As empresas de dispositivos médicos pedem um regime de exceção – como o que foi criado para o sector das obras públicas – para poderem aumentar os preços de milhares de produtos que são essenciais para o diagnóstico e tratamento de doentes.

À Renascença, João Gonçalves da Apormed, a associação que representa o setor, diz que as empresas não conseguem suportar o aumento dos custos de produção e avisa que, apesar da alta concorrência no setor, há risco real de alguns destes dispositivos começarem a faltar.

“Alguns dispositivos, dependendo das empresas, cada empresa é uma realidade diferente, existe um risco real de alguns poderem sair do mercado ou serem descontinuados. Esse risco é real. Estamos a falar desde próteses ortopédicas, stents coronários, fios de sutura, cateteres, seringas, etc. etc.”

São milhares de produtos que, segundo a Associação Portuguesa de Dispositivos Médicos, estão a ser vendidos abaixo do custo. João Gonçalves apela ao Governo para adotar medidas urgentes para o setor.

“Passaria por se poder indexar os preços dos dispositivos médicos, que são sujeitos a concursos públicos, ao indexante da inflação. Isso era o mínimo que nós pedimos. Por outro lado, advogamos também que deveria existir um regime especial de revisão de preços provenientes da contratação pública igual ou similar aquilo que o Governo fez para as obras públicas e empreitadas”, explica.

Adicionalmente, a Apormed pede o fim da contribuição extraordinária sobre o setor, que é um imposto para os fornecedores de dispositivos médicos aos hospitais públicos criado em 2020 e que pode chegar aos 4%.

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