//Empresas ficam com 30% do Plano de Recuperação

Empresas ficam com 30% do Plano de Recuperação

O Serviço Nacional de Saúde (SNS), a habitação, as respostas sociais e as qualificações são prioridade, mas o esboço do Plano de Recuperação e Resiliência que o governo entrega esta manhã em Bruxelas não esquece as empresas e dedica-lhes mais fundos, 30% dos 12,9 mil milhões de euros esperados em Portugal. Ao certo, 3865 milhões de euros, mas o impacto será maior, defendeu ontem o primeiro-ministro, António Costa.

“Há pelo menos seis mil milhões de euros elegíveis para serem executados pelas empresas”, afirmou o líder do governo, na resposta às críticas de uma baixa participação dos negócios na chamada bazuca europeia de 750 mil milhões de euros de resposta à pandemia, o Next Generation EU. António Costa argumentou que serão também as empresas a construir as obras e infraestruturas planeadas, ou a gozar da elevação das qualificações profissionais dos portugueses com novos programas de formação, por exemplo.

A maior fatia dedicada às empresas será de 2,5 mil milhões de euros canalizados para o apoio ao potencial produtivo. Incluem suporte a projetos inovadores de cooperação entre universidades e empresas e também reforço de qualificações. O segundo maior volume de fundos será o da descarbonização das indústrias, com 715 milhões de euros, seguindo-se o programa de apoio à digitalização, Empresas 4.0, com 500 milhões de euros maioritariamente dedicados às PME.