//Empresas não têm de “pagar todas e quaisquer despesas” em teletrabalho, diz PS

Empresas não têm de “pagar todas e quaisquer despesas” em teletrabalho, diz PS

O Partido Socialista justificou esta quarta-feira, no parlamento, a intenção de remeter para contratação coletiva ou acordo individual a possibilidade de haver compensação por despesas em teletrabalho com o facto de entender que esta situação não deve dar sempre lugar ao pagamento de despesas por parte do empregador.

“Quanto às despesas, há uma coisa que nos divide. Esta bancada não acha que, só por (se) ir para casa em teletrabalho, a empresa tenha de assumir todas e quaisquer despesas. Isso tem de ser objeto de acordo e tem de ser comprovado qual é o acréscimo de despesa. Por isso, não dizemos que é preciso estipular já nove euros ou dez euros. Dizemos que é preciso encontrar a racionalidade para isso”, argumentou Ana Catarina Mendes, líder parlamentar socialista.

A justificação foi dada em resposta à deputada Isabel Pires, do Bloco de Esquerda, partido que critica o facto de o projeto legislativo do PS não criar uma obrigatoriedade de pagamento de acréscimos de despesas em teletrabalho. Aliás, tal como o do PSD.

O projeto do PS foi criticado também por propor regulamentação nova, sem alterações ao Código do Trabalho, que regulamenta já o teletrabalho desde 2003. Os deputados do Bloco, e também do PSD, criticaram a criação de um regime novo que, dizem, nada acrescenta ao que a lei já prevê, mas que surge agora como legislação à parte.