As empresas querem contratar no início do ano e deverão aumentar os postos de trabalho em mais de 10%. São dados do ManpowerGroup Employment Outlook Survey para Portugal, para os primeiros três meses de 2020. A empresa de recursos humanos ouviu 626 empresários no país e concluiu que estão mais otimistas do que no ano anterior.
“Com a taxa de desemprego em valores historicamente baixos, vemos que as empresas portuguesas permanecem confiantes neste início de 2020, marcando já o 15.º mês consecutivo de projeções positivas”, refere Rui Teixeira, diretor de operações da ManpowerGroup Portugal.
Por setores, os nove analisados admitem aumentar os funcionários. As finanças, seguros, imobiliário e serviços são os mais otimistas, com uma projeção para a criação líquida de emprego de mais de 17%, seguidos da restauração e hotelaria, com 16%.
No extremo oposto, com as perspetivas de contratação mais baixas, surgem os serviços públicos e o comércio grossista e retalhista, que não ultrapassam os 5%. O setor público regista um declínio de 9 pontos percentuais, face ao trimestre anterior.
Do mesmo modo, no setor do comércio grossista e retalhista, os planos de contratação diminuíram quatro pontos percentuais, em relação ao quarto trimestre de 2019.
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Por dimensão, as médias empresas deverão ser as principais impulsionadoras do crescimento do emprego, com uma projeção para a criação líquida de emprego de mais de 26%. As grandes empresas deverão começar o ano com um travão nas contratações, esperam aumentar os novos postos de trabalho em 17%, o que representa uma redução face ao trimestre anterior.
Geograficamente, com o maior número de oportunidades surge o Centro e a região de Lisboa, logo seguidas do Norte e Grande Porto. Pela negativa, destaca-se o Sul.
No contexto europeu, Portugal surge com a quarta projeção mais alta para a criação líquida de emprego, no primeiro trimestre de 2020.
Globalmente, em 42 dos 43 países e territórios pesquisados os empregadores esperam aumentar a força de trabalho até março. Em comparação com o trimestre anterior, os planos de contratação são mais fortes em 15 dos 43 países e territórios analisados.
Os mercados de trabalho mais fortes são a Grécia, Japão, Taiwan, EUA e Roménia, enquanto a atividade de contratação mais fraca é esperada no Panamá, Argentina, Costa Rica, Itália e Espanha.
Este estudo trimestral da ManpowerGroup recolheu as intenções de contratação de 58 mil empregadores em 43 países e territórios.
“Para as empresas, este contexto de escassez de talento revela-se sem dúvida um desafio, e vemos hoje como, na proposta de valor do empregador, elementos como a flexibilidade, a imagem da empresa e o sentido de propósito que podemos oferecer às nossas pessoas, são cada vez mais elementos de referência na atração e retenção de talento”, defende Rui Teixeira, da ManpowerGroup Portugal.
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