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O montante de empréstimos alvo de moratórias em Portugal ascende a 44 mil milhões de euros e o governo pretende evitar “a todo o custo” um precipício económico com retirada de apoios de forma “súbita e dramática”.
O valor foi avançado pelo secretário de Estado das Finanças, João Nuno Mendes, em entrevista ao Eco, e é referente às moratórias públicas – a esmagadora maioria – e privadas concedidas desde o início da pandemia, em março.
Adiantou que “a moratória legal anda na casa dos 37 mil milhões de euros e é substancialmente superior à moratória privada que anda na casa dos 7 mil milhões”. “Estamos a falar de stock de crédito. O peso relativo dos particulares é sensivelmente um terço do total e as empresas representam dois terços. Estes são os números em termos globais”, disse.
As moratórias permitem a suspensão do pagamento das prestações mensais dos empréstimos. O objetivo é apoiar as empresas e famílias e impedir que o crédito malparado dispare, o que afetaria os bancos.
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Nas moratórias públicas, o prazo foi alargado para o final de setembro de 2021.
O governante deixou um recado aos bancos de que é preciso acautelar o risco, e avisou que “cada um tem de fazer o seu trabalho de casa”.
A partir de 31 de março de 2021, a maioria parte dos setores vai começar a pagar juros mas mantém-se a moratória de capital até ao fim de setembro.
Os setores de atividade mais afetados pela crise, como o turismo e restauração, vão continuar a ter uma moratória plena de capital e juros.
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