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Desde dezembro de 2014 que as famílias não tinham um montante tão elevado de empréstimos da banca. No total, os empréstimos a particulares aumentaram para 123 mil milhões de euros, em julho deste ano. O valor corresponde a um crescimento mensal de 486 milhões de euros, segundo a nota de informação estatística divulgada ontem pelo Banco de Portugal.
No caso dos empréstimos para outros fins, em julho foi também atingido o valor mais alto dos últimos cinco anos. O montante deste tipo de empréstimos subiu para os 8,9 mil milhões de euros. Só no mês de julho os portugueses endividaram-se em mais 28 milhões de euros através deste segmento de crédito. Comparando com julho de 2020, o aumento é de 37%.
No crédito ao consumo, o montante subiu 60 milhões de euros para 18,9 mil milhões de euros. No crédito para outros fins, o aumento foi de 28 milhões de euros, para 8,9 mil milhões de euros.
A Deco – Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor já alertou que há mais famílias a recorrer a este tipo de empréstimos para pagar despesas e avisou que o problema se vai agravar com o fim das moratórias no crédito à habitação no final de setembro. A Deco tem apelado à adoção em Portugal de um regime transitório para preparar o fim das moratórias no crédito à habitação.
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O saldo do crédito à habitação cresceu 397 milhões de euros em julho face ao mês anterior, para os 95,2 mil milhões de euros. Trata-se de um aumento de 1,5% comparando com o montante registado em julho de 2020, segundo dados divulgados esta quinta-feira pelo Banco de Portugal.
Depósitos com novo recorde
Em contrapartida, os depósitos de particulares nos bancos em Portugal atingiram em julho um novo recorde de 169,9 mil milhões de euros.
Trata-se de um aumento de 1450 milhões de euros face ao montante de depósitos verificado no final de junho.
O anterior máximo de sempre nos depósitos de particulares foi fixado em junho nos 168,5 mil milhões de euros.
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