//Energia e alterações climáticas. “Estamos na direção certa, mas com a velocidade errada”

Energia e alterações climáticas. “Estamos na direção certa, mas com a velocidade errada”

O subsecretário-geral das Nações Unidas Jorge Moreira da Silva mostra-se preocupado na capacidade de serem alcançadas as metas de combate às alterações climáticas.

Na Conferência 25 anos de Energia para o Futuro, que assinala um quarto de século de existência da Agência para a Energia ADENE, Jorge Moreira da Silva explicou que “se quisermos honrar o Acordo de Paris e sermos consistentes com o objetivo de redução de um grau e meio até ao final do século, teremos de ter metas nacionais que nos coloquem nessa trajetória”.

“O somatório das metas nacionais de todos os países, neste momento, coloca-nos numa trajetória de 2,6 a 2,9 graus até ao final do século e não um grau e meio”, adverte. Por isso, conclui, a “direção está certa, mas a velocidade errada”.

Esta é uma das cinco falhas de mercado no setor da energia. Moreira da Silva destacou outras, uma delas o acesso à eletricidade.

O diretor executivo da UNOPS lembra que “um terço da população mundial não tem outra forma de confecionar os seus alimentos senão com resíduos queimados e com lenha. 700 milhões de pessoas no mundo não têm acesso à eletricidade. Não é verde, não é branca, não é cinzenta, não é preta, não tem acesso à eletricidade. Ponto”.

Moreira da Silva acrescenta que “o Norte pode ficar todo verde, ser neutral em carbono, de pouco nos servirá se fizermos pouco ou quase nada na ajuda ao Sul. O planeta é um só”.

Numa palavra sobre Portugal, o subsecretário-geral das Nações Unidas enaltece o caminho feito e garante que “o mundo precisa que Portugal esteja mais disponível para cooperar com os países em desenvolvimento”.

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