//Enfermeiros querem saber “que parte” do reforço de 700 milhões no OE para Saúde lhes “toca”

Enfermeiros querem saber “que parte” do reforço de 700 milhões no OE para Saúde lhes “toca”

O Sindicato dos Enfermeiros (SE) quer que o Governo explique que “parte do reforço de 700 milhões de euros” inscritos no Orçamento de Estado para a Saúde “toca” àqueles profissionais e como será aplicada para responder às suas reivindicações.

Em declarações à Lusa, à margem de um encontro de delegados daquele sindicato, esta manhã, no Porto, o presidente do SE, Pedro Costa, chamou a atenção para a “desmotivação e desvalorização” da classe.

“As nossas reivindicações são ao nível da valorização da carreira de enfermagem, o reconhecimento do risco e da penosidade da profissão, a idade de aposentação, a valorização de todos os enfermeiros, independentemente do vínculo, quer estejam com contratos em funções públicas quer estejam com contratos individuais de trabalho, e uma progressão na carreira que permita que todos os enfermeiros possam chegar ao topo da carreira e não apenas alguns”, enumerou o responsável.

Segundo Pedro Costa, “não existe a valorização da carreira de enfermagem, ou seja, há enfermeiros com 20 e 30 anos de profissão que estão no mesmo escalão que estariam se tivessem começado hoje”.

O presidente do SE reconhece que o Governo “tem estado aberto ao diálogo”, mas considera “que não dá respostas” àquelas reivindicações, pelo que deixa uma exigência: “O Orçamento de Estado tem mais 700 milhões de euros para serem gastos [na Saúde] do que no ano passado, mas os 700 milhões só por si não dizem nada se não houver um plano estratégico para a sua aplicação”, apontou.

“Nós queremos que o Ministério da Saúde nos diga, concretamente, onde e como os vai aplicar e que parte toca aos enfermeiros e, até agora, isso não nos foi dito”, salientou.