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A Ericsson “não comenta se existirão ou não impactos” nos mercados onde se encontra, entre os quais Portugal, onde conta com cerca de 250 pessoas, depois de ter anunciado, esta segunda-feira, que vai cortar 1400 empregos na Suécia.
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Contactada pela Lusa, fonte oficial adianta que “a Ericsson não comenta se existirão ou não impactos em qualquer um dos mercados onde se encontra presente, à escala global”.
A empresa de telecomunicações sueca Ericsson está presente no mercado português onde, segundo os últimos dados públicos, de setembro de 2022, tinha cerca de 250 colaboradores.
A Ericsson anunciou o corte de 1400 empregos na Suécia, cerca de 10% dos trabalhadores neste mercado, no quadro de um programa de poupança de custos lançado no outono.
“No atual ambiente inflacionário, estamos a fazer ajustes de preços, bem como a alavancar a substituição de produtos para gerir margens”, refere a casa-mãe, num comentário sobre a atual situação do grupo.
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“Também estamos a simplificar as operações em toda a empresa e continuaremos a ser proativos quanto a opções que permitam reduzir custos, isto, enquanto continuamos a desenvolver os melhores produtos e serviços. Estamos, fundamentalmente, a fortalecer a competitividade dos custos por via de um grande foco em ganhos internos de eficiência ‘end-to-end’ e custos estruturais”, adianta a Ericsson, referindo que a eficiência de custos “é crucial para permitir investimentos em liderança tecnológica e fortalecer a nossa resiliência num mercado incerto”.
De acordo com o referido anteriormente, e durante o ‘Capital Markets Day’ em 15 de dezembro de 2022, “a Ericsson anunciou a aceleração de esforços na redução de custos estruturais em toda a empresa” numa taxa de execução de 9.000 milhões de coroas suecas (cerca de 804 milhões de euros, à taxa de câmbio atual) até ao final deste ano, dos quais, “70% em custos dos produtos vendidos e 30% em SG&A (Sales, General&Admin)”.
A redução de custos abrange várias áreas e inclui uma redução do total de colaboradores e consultores, racionalização de instalações e processos, redução de gastos, por exemplo, em viagens.
“Esperamos começar a sentir o efeito da nossa redução de custos em SEK 9 b. [nove mil milhões de coroas suecas] a partir do segundo trimestre de 2023. Reduzir o total de colaboradores nunca é fácil. Tal será feito com o máximo respeito e profissionalismo, qualquer impacto junto dos colaboradores, ser-lhes-á primeiro comunicado”, remata a casa-mãe.
A Ericsson apresentou no mês passado um lucro anual de 19100 milhões de coroas (1711 milhões de euros) em 2022, uma redução de 17% em relação ao ano anterior.
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