Partilhareste artigo
Primeiro as escolas e os passeios em família, depois os desportos e atividades de lazer desde que ao ar livre, mas a reabertura prevista pelo governo de Boris Johnson arranca já no próximo mês de março. As datas e fases prolongam-se até ao verão, mas são já divulgadas em pleno de forma que pessoas e negócios possam orientar-se e tomar decisões tendo já uma perspetiva de quando poderão ir a restaurantes, retomar a frequência do ginásio, assistir a espetáculos ou voltar a dançar numa discoteca.
Ainda que o governo britânico ressalve que os prazos podem ser revistos, esta partilha permite já a famílias e empresas tomar decisões como marcar férias, organizar festejos, comprar bilhetes para festivais, etc. O que permite também às empresas organizarem calendários de reabertura e gerirem o funcionamento possível.
Numa altura em que, apesar da redução brutal a que Portugal tem assistido nos números da pandemia, o governo português está ainda muito pressionado pelos especialistas para prolongar as restrições máximas até abril, Londres publicou já o plano de desconfinamento, com data de arranque já a 8 de março.
Portugal registou hoje 549 novos casos de covid e 61 mortes, havendo 3322 pessoas internadas (das quais 627 em UCI). Ao fim de mais de um mês de confinamento total, o país passou de 119 concelhos considerados em situação extrema de contágio (incidência de mais de 960 casos por cem mil habitantes) para apenas 15 (saiba quais são aqui). Uma redução só possível pelo fecho do país e da economia, conforme ainda hoje comprova um estudo publicado pelo Conselho das Finanças Públicas.
Subscrever newsletter
Leia também:
Estudo. Confinamentos de janeiro tornaram a pandemia seis a sete vezes menos grave
Manter as pessoas fechadas em casa, porém, serve o efeito de reduzir a pressão sobre o sistema de saúde mas é apenas solução temporária de emergência. Pelo que, controlados os números, é altura de planear a reabertura sem perder o efeito conseguido no confinamento mas de forma a aliviar famílias e negócios.
É o caminho que Londres já seguiu, divulgando um calendário de atividades e sua reabertura, de forma que o Reino Unido possa retomar a normalidade e que permita aos diversos setores de atividade saírem do coma induzido em que estão há meses.
Prevendo já conseguir antecipar em um mês a vacinação de todos os adultos, para o final de julho, o documento publicado pelo governo do Reino Unido fala já na transição de “estado de pandemia para estado endémico”. “Há base científica para afirmar que o vírus atingirá um nível de estabilidade que será gerível ainda que possa ter surtos sazonais”, explica no documento divulgado. “A vacinação será a chave para gerir a transição para o estado endémico, a par de medicamentos” que combatam a doença, esclarece, justificando assim a aposta numa campanha de vacinação o mais rápida possível.
Trabalhando já em cenários de prevenção de novas pandemias e na gestão do novo coronavíus a longo prazo na sociedade, adotando estratégias que permitam conviver com a covid protegendo os mais vulneráveis sem sacrificar a economia e a vida da “vasta maioria de pessoas em quem a covid tem apenas efeitos muito reduzidos”, Londres partilha já o plano para o imediato desconfinamento, faseado até ao verão, contribuindo assim para reduzir o grau de incerteza com que a esmagadora maioria das empresas e pessoas têm de tomar decisões.
Deixe um comentário