
O Relatório Anual de Monitorização (RAM) 2025, relativo a 2024, do Instituto Português de Corporate Governance, divulgado esta terça-feira, faz um balanço positivo da integração de boas práticas e das novas tecnologias, pelas empresas nacionais.
As empresas portuguesas registaram um acolhimento global de 87% das recomendações do Código do IPCG, um valor que sobe para 95% nas que estão cotadas na bolsa de valores e integram o PSI.
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Este “desempenho positivo confirma um bom nível de maturidade da governance entre as empresas acompanhadas”, revela o Instituto Português de Corporate Governance (IPCG).
É ainda apontada a entrada de três novas empresas não cotadas no processo de monitorização (duas delas nos últimos dois anos). Segundo o Instituto liderado por João Moreira Rato, este é “um sinal claro de que o Código é cada vez mais procurado como referência de boas práticas por empresas que não operam no mercado de capitais”.
“Esta expansão confirma a relevância transversal da governance enquanto fator crítico de competitividade e sustentabilidade”, defende o IPCG.
Destaque ainda para “as áreas de risco, controlo interno e fiscalização, que continuam a apresentar níveis de excelência”. Por outro lado, “diversas recomendações relacionadas com a identificação, monitorização e mitigação de riscos, bem como com a independência do revisor oficial de contas, atingiram taxas de acolhimento próximas ou iguais a 100%, nomeadamente entre as empresas do PSI”, lê-se no relatório.
A recomendação sobre o uso de mecanismos de inteligência artificial nos processos de decisão registou uma evolução significativa, subiu para 89% no universo total e atingiu 100% no PSI, o que demonstra que a IA entrou definitivamente na agenda da governação das empresas.
No entanto, ainda há desafios, nomeadamente, a constituição de comissões especializadas de governo societário, a inclusão de um número mínimo de administradores independentes, o diferimento da remuneração variável dos administradores executivos e a participação não presencial dos acionistas em assembleias gerais. São as recomendações com menor acolhimento, entre os 46% e os 66%.
Este relatório avaliou 35 empresas, incluindo todas as que integram o PSI.











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