//Especialista diz que máquinas estão “muito longe” de serem mais inteligentes do que humanos

Especialista diz que máquinas estão “muito longe” de serem mais inteligentes do que humanos

Daniela Braga, de 43 anos, que fundou e dirige a DefinedCrowd, empresa com sede nos Estados Unidos e escritórios em Portugal e no Japão que produz dados de voz, texto e imagem para sistemas de inteligência artificial e aprendizagem automática, integra um grupo de trabalho, para o qual foi nomeada em junho, que vai definir a estratégia para a inteligência artificial no país liderado por Joe Biden.

Um dos objetivos do grupo de trabalho, que junta académicos e empresários, é fomentar a literacia em inteligência artificial, “desmistificar o medo em relação à singularidade tecnológica”, à ideia de que “as máquinas vão tomar conta do mundo”, nas palavras da empresária natural do Porto, mas com dupla nacionalidade, portuguesa e norte-americana.

“Acho que estamos muito longe de que as máquinas nos substituam na maior parte das atividades ou que sejam mais inteligentes do que nós”, afirmou, em declarações à agência Lusa.

Daniela Braga entende que as máquinas estão “pelo menos 30 a 40 anos” de poderem executar “atividades mais evoluídas do que as rotineiras, com pouca capacidade cognitiva”.

A empresária defende que as máquinas devem substituir as pessoas “nas atividades rotineiras, mais braçais, que implicam pouca atividade cognitiva”, dando como exemplo a condução autónoma de autocarros ou camiões.

Para a especialista, no entanto, está-se “mais perto” de uma interação com máquinas semelhante à que existe entre humanos.