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A Essência do Vinho está de volta ao Palácio da Bolsa, de 31 de março a 3 de abril, com 400 produtores nacionais e estrangeiros que terão cerca de quatro mil vinhos em prova. Uma edição que assinala, simbolicamente, a maioridade deste evento, e que contará, este ano, com uma comitiva internacional de 30 especialistas oriundos de países tão distintos como o Brasil, Dinamarca, Espanha, EUA, Itália, Reino Unido e Suíça. Para trás ficaram os seis profissionais que vinham da Rússia e que tiveram de cancelar a sua presença.
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“Depois de dois anos de pandemia, o nosso grande objetivo era mesmo conseguir organizar o evento, mesmo que sem qualquer ação especial de comemoração dos 18 anos da Essência. O número de produtores inscritos e a rapidez com que o fizeram permite-nos antecipar que será um evento ao nível da pré-pandemia”, diz Nuno Pires, diretor da Essência do Vinho.
O evento decorre, habitualmente, no final de fevereiro, mas, este ano, por causa da covid-19 foi adiado para o fim de março. Uma escolha que parece ter garantido bons resultados. A uma semana do evento, 60% dos lugares disponíveis nas atividades paralelas estavam já vendidos. “Sentimos que as pessoas estão com vontade de conviver”, acrescenta o responsável.
Habitualmente, passam pelo Palácio da Bolsa cerca de 20 mil pessoas, ao longo dos quatro dias do evento. Para este ano, Nuno Pires não estabelece qualquer meta, prometendo, apenas, que a organização irá assegurar o controlo das entradas, de modo a evitar grandes concentrações. O bilhete de acesso custa 25 euros – esteve em pré-venda, com desconto de cinco euros, até a passada sexta-feira – por dia e inclui a oferta do copo. Já a participação nas provas comentadas e nas harmonizações é sujeito a pagamento à parte e à lotação disponível.
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Os preços das atividades paralelas variam entre os 35 e os mil euros, sendo o valor mais caro correspondente à prova “Fortificados de Sonho”, que reunirá “edições raras e de colecionador” de vinhos muito velhos do Porto, Madeira, Carcavelos e Moscatéis de Setúbal. Serão apenas 40 os participantes nesta prova, sendo que 35 deles são os convidados da comitiva internacional. Até sexta-feira, já haviam sido vendidos dois destes cinco lugares disponíveis.
Antes da covid, a Essência do Vinho realizava 20 a 25 provas ao ano, além de uma série de eventos em 10 mercados externos. Com a pandemia, e sem eventos presenciais, a empresa registou quebras de faturação da ordem dos 70%, mas manteve a totalidade da equipa e procurou reinventar-se, através do digital. No ano passado já conseguiu realizar alguns eventos presenciais, designadamente o Essência-Verão, no Porto, que foi o pontapé de saída para um novo formato de festival de verão, nos jardins do Palácio de Cristal, que será retomado este ano. Para 2023, a empresa está já a trabalhar no desenvolvimento de uma feira internacional de enoturismo, destinada ao segmento B2B. O objetivo é que a Wine & Travel Week reúna no Porto, em fevereiro, compradores de todo o mundo.
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