Após um final de 2018 conturbado, as bolsas recuperaram no arranque de 2019. Apesar dos receios sobre o abrandamento económico global serem cada vez maiores, para já, os investidores aparentam ter ficado tranquilizados com as mensagens dos bancos centrais. A Reserva Federal dos EUA interrompeu o ciclo de subida de juros e o Banco Central Europeu disse que irá manter as taxas em mínimos por mais tempo que o esperado.
Esse apoio ajudou as bolsas a recuperar do susto de final do ano passado. O Stoxx 600, que reúne as 600 maiores cotadas europeias, ganhou mais de 12% nos primeiros três meses, o melhor trimestre em quatro anos. Houve 13 empresas que ganharam mais de 40% em bolsa neste período (ver fotogaleria).
Apesar dos sinais mais frágeis vindos da economia, a maior parte das empresas do Velho Continente conseguiu vendas acima da estimativa dos analistas. Já nos lucros, apenas metade das empresas reportou números acima do previsto. Entre as ações que mais subiram estão cotadas com números que impressionaram o mercado na época de apresentação de resultados do quarto trimestre.
PSI20 também sobe
A bolsa portuguesa também aproveitou a onda verde para recuperar no trimestre. O PSI20, o índice de referência do mercado, ganhou mais de 10% nos primeiros três meses do ano. Nenhuma das cotadas ganhou mais de 40%. Ainda assim, houve ações a proporcionar valorizações avultadas.
A Jerónimo Martins e a Mota-Engil tiveram ganhos de cerca de 27% e a Altri avançou 20%. A EDP subiu cerca de 15% e a Sonae avançou 14%. Apenas duas empresas encerraram o primeiro trimestre com perdas. A Ibersol cedeu 2% e os CTT desceram mais de 12%, a pior prestação do PSI20.
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