A ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, defende uma revisão das relações laborais no porto de Setúbal e apela a um entendimento urgente entre as partes.
Ana Paula Vitorino considera imperioso que empresas e sindicato demonstrem, publicamente, o genuíno interesse em resolver os problemas dos trabalhadores e da atividade do Porto de Setúbal.
A governante defende, em comunicado, que é necessário criar condições para que, muito rapidamente, se retome a paz social e o crescimento da infraestrutura.
Esta quinta-feira, os estivadores precários em greve tentaram bloquear a entrada de trabalhadores externos no porto de Setúbal, contratados para o embarque de viaturas da fábrica da Autoeuropa destinadas a Espanha.
A PSP removeu, um a um, os manifestantes e não chegaram a ser registados confrontos nem detenções.
O Sindicato dos Estivadores e da Atividade Logística ameaça avançar para uma greve no Porto de Setúbal e acusa o Governo e a administração portuária de incendiarem o conflito laboral.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, garantiu esta quinta-feira que tem “acompanhado permanentemente, com atenção e com preocupação”, o conflito laboral no porto de Setúbal, esperando um “bom desfecho”, apesar de não querer comentar processos específicos.
O Bloco de Esquerda (BE) questionou o Governo sobre o seu envolvimento na solução para substituir trabalhadores precários em paralisação no porto de Setúbal depois de a Autoeuropa ter afirmado que recebeu garantias do executivo para o carregamento de automóveis.
Numa pergunta dirigida aos ministérios do Mar e da Administração Interna, os deputados do BE referem que a operação desta quinta-feira de manhã “foi feita com recurso a trabalhadores externos para substituir os estivadores em luta e apresenta contornos de contratação ainda desconhecidos”.
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