//Estudo: Ritmo de trabalho e exigências emocionais são riscos severos na função pública

Estudo: Ritmo de trabalho e exigências emocionais são riscos severos na função pública

O ritmo de trabalho e as exigências cognitivas e emocionais são fatores de risco psicossocial “severo” para os trabalhadores da administração pública, segundo um estudo promovido pela Direção-Geral da Administração e do Emprego Público (DGAEP).

A conclusão integra o relatório do “Estudo de Avaliação dos Riscos Psicossociais na Administração Pública”, que contou com a parceria da Ordem dos Psicólogos Portugueses e com a colaboração de 77 entidades públicas e 23.563 respostas de 61.608 trabalhadores.

“Na análise do perfil de risco geral obtido neste estudo, identifica-se como risco severo os fatores “ritmo de trabalho”, “exigências cognitivas” e “exigências emocionais””, pode ler-se no documento.

Quanto ao fator “ritmo de trabalho”, o estudo refere que a atividade profissional “é percecionada como sendo desenvolvida a um ritmo acelerado e exigente, por vezes sem pausas, visando a conclusão da(s) tarefa(s) no tempo previsto”.

Já sobre o fator de risco “exigências cognitivas”, o relatório indica que “o esforço mental elevado para processamento de informação, a concentração elevada e/ou o excesso de solicitações sensoriais, cognitivas e intelectuais conduzem a fadiga mental”.

Relativamente ao fator “exigências emocionais”, são percecionadas pelos trabalhadores como sendo “excessivas” situações em que é necessário “lidar com o sofrimento, doença, dor ou morte” e também situações “com dissonância emocional, dada a constante obrigação de demonstrar emoções diferentes (ex.simpatia), daquelas que realmente sente (ex. tédio)”.