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O Departamento do Tesouro norte-americano anunciou esta quarta-feira novas sanções para 13 pessoas — jurídicas e físicas — por alegada participação na repressão da sociedade civil bielorrussa, em especial após as eleições de 2020 e a invasão russa da Ucrânia, em 2022.
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Entre as empresas desta vez incluídas por Washington, encontram-se a companhia aérea estatal bielorrussa Belavia, o Departamento de Investigações Financeiras da Bielorrússia, e a metalúrgica BSW, uma das cinco maiores empresas estatais do país, além do empresário Aliaksei Aleksin, próximo do Presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko.
Estas medidas foram anunciadas por ocasião do terceiro aniversário da polémica vitória eleitoral com a qual Lukashenko, com mais de 80% dos votos, renovou o seu mandato pela sexta vez.
O subsecretário do Tesouro para o Terrorismo e os Serviços de Informações Financeiras, Brian Nelson, sublinhou que as entidades e pessoas às quais foram impostas as sanções são “empresas e personalidades centrais” do “regime de Lukashenko”, que dele obtêm “benefícios substanciais” por apoiarem as suas “políticas repressivas”.
Sob estas novas sanções, as oito pessoas abrangidas têm entrada proibida nos Estados Unidos e, em caso de delas disporem, as suas contas bancárias no país congeladas, medida que se aplica também às cinco empresas. Não podem também fazer negócios com empresas e cidadãos norte-americanos.
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Assinalando que hoje se completam três anos desde a “eleição presidencial fraudulenta na Bielorrússia e a repressão do regime de Alexander Lukashenko das reivindicações de liberdade do povo bielorrusso”, o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, indicou as razões por detrás da adoção destas sanções.
“Os Estados Unidos continuam ao lado do corajoso povo da Bielorrússia na sua busca por um país assente no primado do direito, no respeito dos direitos humanos e num Governo responsável e democraticamente eleito”, declarou, em comunicado.
“Hoje, os Estados Unidos sancionam oito indivíduos e cinco entidades por permitirem a repressão doméstica de Lukashenko e facilitarem a guerra da Rússia contra a Ucrânia”, referiu.
Acrescentou também que, além disso, imporão “restrições de vistos a 101 responsáveis do regime e seus associados por minarem ou prejudicarem as instituições democráticas na Bielorrússia, incluindo vários juízes responsáveis por emitirem sentenças politicamente motivadas contra bielorrussos por exercerem as suas liberdades fundamentais”.
O chefe da diplomacia norte-americana reiterou igualmente o apelo de Washington para a “libertação imediata e incondicional de todos os 1.500 presos políticos mantidos pelo regime de Lukashenko, entre os quais Ales Bialiatski, Viktor Bialiatski, Viktor Babaryka, Maria Kalesnikova, Ihar Losik e Serguei Tikhanovsky”, o líder da oposição bielorrussa, marido da atual líder da oposição, Svetlana Tikhanovskaya.
A líder da oposição bielorrussa no exílio, a viver na Lituânia, foi hoje galardoada com o Prémio Anna Lindh, criado em memória da antiga ministra dos Negócios Estrangeiros sueca, pela sua luta “incansável” pela democracia, anunciaram os promotores do galardão.
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