//EUA. Taxas de juro mais restritivas podem ser necessárias para conter a inflação

EUA. Taxas de juro mais restritivas podem ser necessárias para conter a inflação

Os membros do Comité da Reserva Federal
norte-americana (Fed) sinalizaram na última reunião que poderão ser necessárias
taxas de juros muito mais altas se a inflação persistir.

Os membros do Comité Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla
em inglês) da Fed reconheceram, segundo as atas da reunião de 14 e 15 de junho
divulgadas esta quarta-feira, que os aumentos das taxas de juro podem
enfraquecer a economia.

No entanto, consideraram que tais medidas são necessárias para
desacelerar os aumentos de preços com vista à meta anual de 2%.

De acordo com as atas, os responsáveis do banco central
revelaram-se apreensivos com o facto dos consumidores estarem a começar a
antecipar uma inflação mais alta.

Os responsáveis do banco central concordaram que a instituição
precisava aumentar o intervalo da taxa de juro diretora para níveis “restritivos” que retardariam o crescimento da economia e “reconheceram que uma postura ainda mais restritiva poderia ser
apropriada” se a inflação persistisse.

Após a reunião do mês passado, a Fed anunciou um aumento de 75
pontos base para um intervalo de 1,5% a 1,75%, o terceiro aumento desde março e
o maior desde 1994.

A Fed tem vindo a intensificar o esforço para restringir o
crédito e desacelerar o crescimento, com a inflação a subir para máximos de
quatro décadas de 8,6%.

Os americanos estão a começar a esperar que a inflação elevada
continue durante algum tempo, o que pode dificultar o objetivo de reduzir a
inflação em direção à meta de 2% da Fed.

Com as eleições do meio de mandato a aproximarem-se, a inflação
elevada subiu para o topo das preocupações dos americanos.

Recentemente, no fórum anual do Banco Central Europeu, o
presidente da Fed, Jerome Powell, disse que a economia dos Estados Unidos está “em boa forma” e “bem posicionada” para acomodar a política
monetária que está a ser implementada.

Nas novas projeções que divulgou, em 15 de
junho, a Fed indicou que espera agora uma inflação de 5,2% este ano, em vez dos
4,3% que previa em março e antecipou um crescimento mais fraco de 1,7%, quando
anteriormente previa 2,8%.

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