//Eurogrupo deverá dar luz verde a pacote de 500 mil milhões para a economia

Eurogrupo deverá dar luz verde a pacote de 500 mil milhões para a economia

Uma resposta comum à crise económica que assola, e vai continuar a pairar sobre o Velho Continente, é a missão que os ministros das Finanças da Zona Euro têm em cima da mesa para o encontro desta terça-feira, depois de há quase duas semanas os líderes do euro não terem alcançado uma resposta comum para impulsionar a economia.

O jornal Público avança que o Eurogrupo possivelmente vai conseguir um acordo para um pacote de medidas de apoio à economia no valor de cerca de 500 mil milhões de euros (meio bilião de euros). No âmbito deste pacote estará também incluída a possibilidade de os países recorrerem a uma linha de crédito do Mecanismo de Europeu de Estabilidade (MEE) para conseguir financiamento mais barato, com condições reduzidas.

Este é, de acordo com o jornal, o mínimo denominador comum que é possível alcançar entre os países do norte da Europa e os do sul. Os países do sul, nomeadamente Portugal, Espanha e Itália, têm defendido a emissão de dívida conjunta (os chamados coronabonds). Uma ideia que é descartada pela Alemanha, Holanda, Áustria e Finlândia, que defendem antes soluções que passem por linhas de crédito específicas, ou seja, empréstimos, em condições favoráveis e sem o ‘fantasma’ dos ‘resgates’, através do Mecanismo Europeu de Estabilidade.

Temas como a emissão de dívida comum ou um fundo de apoio às economias – ideia avançada por Paris – deverá assim ficar para mais tarde, quando os países da moeda única tentar desenhar o que tem vindo a ser apelidado de “novo plano Marshall”, segundo o jornal.

Mário Centeno, presidente do Eurogrupo, numa entrevista publicada por vários órgãos europeus, citada pelo Público, indicou “pressentir a existência de um acordo amplo” no que diz respeito a um pacote de três medidas que irá ser debatido na reunião desta terça-feira: a abertura de uma linha de crédito no MEE num valor equivalente a 2% do PIB (240 mil milhões de euros no total da zona euro), um reforço de 200 mil milhões de euros das verbas que podem ser acionadas pelo Banco Europeu de Investimentos para projetos e uma garantia de 100 mil milhões de euros para os sistemas de proteção ao emprego dos diversos países. “Estas três medidas constituem uma rede de segurança de cerca de meio bilião de euros”, afirmou o presidente do Eurogrupo citado pelo Público.

No último Conselho Europeu de 26 de março, os chefes de Estado e de Governo da União Europeia, após uma longa e tensa discussão, mandataram o Eurogrupo para apresentar, no prazo de duas semanas, propostas concretas sobre como enfrentar as consequências socioeconómicas da pandemia, que “tenham em conta a natureza sem precedentes do choque de covid-19”, que afeta as economias de todos os Estados-membros.

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