Três dias depois das eleições legislativas, as conclusões da décima missão de avaliação pós-programa dos credores europeus a Portugal vão ser debatidas na reunião do Eurogrupo. De acordo com a agenda do grupo informal dos ministros das Finanças da zona euro divulgada esta terça-feira, Portugal é o quarto ponto da agenda que inclui temas como a União Bancária, o crescimento e o emprego e o processo de seleção dos novos membros do Banco Central Europeu (BCE).
Os credores europeus estiveram em Lisboa para a décima avaliação entre os dias 14 e 19 de junho e as conclusões vão agora ser debatidas no Eurogrupo, sendo depois libertado o relatório na totalidade.
No comunicado emitido no dia 21 de junho, logo a seguir à missão, a Comissão Europeia revelou que os membros europeus da troika avaliaram o risco do mercado imobiliário português, tendo em conta os preços persistentemente altos, aliados a um nível elevado de endividamento das famílias. As conclusões vão agora ser conhecidas.
Na visita a Lisboa, os técnicos da Comissão Europeia, do Mecanismo Europeu de Estabilidade e do BCE avaliaram a reforma da supervisão financeira proposta pelo governo, que mereceu críticas do Banco Central Europeu.
A vigilância pós-programa aos países que tiveram ajuda externa tem início automaticamente após o fim do programa de assistência (2014, no caso de Portugal) e prossegue até que pelo menos 75% dos empréstimos tenham sido pagos aos credores.
Em cima da mesa vai estar, de novo, o orçamento único da zona euro, mas também uma discussão temática sobre o crescimento e o emprego (competitividade).
O fórum de ministros das Finanças da zona euro vai ainda analisar a situação económica dos países da moeda única.
Portugal é representado pelo secretário de Estado Adjunto e das Finanças uma vez que o ministro das Finanças, Mário Centeno, preside ao Eurogrupo.
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